''A mais lamentável de todas as perdas é a perda to tempo'', já dizia Philip Chesterfield. É como uma lei natural da vida, onde pra sempre nunca existe e somos surpreendidos pelo fim. Acabam-se etapas, findam-se relacionamentos, perdemos o tempo e a juventude, e a cada dia novas situações.
No decorrer de nossas vidas somos postos à prova toda a hora. São perdas pequenas, médias e grandes, desde uma desilusão à falta de um telefonema, uma discussão mal resolvida, um desencontro; até aquelas perdas temporárias de pessoas que se mudam, da demissão de um emprego... Perder e ganhar, fazem parte do nosso processo de humanização.
Destas perdas, algumas vão deixar feridas que, naturalmente, irão doer por um tempo; como se precisássemos delas para nos tornar quem somos. Entendermos que algumas perdas são inevitáveis - a perda de um ente querido, a juventude - é um processo de descobrir o amadurecimento. Na maioria das vezes, é feito a operação ''band-aid'', para recuperar o ego e os sentimentos.
Não confundamos mudança com perda, aprender a lidar com isso é uma questão de tempo, calma e quase de condição. Fins não são fáceis e as perdas nos deixam marcas, mas aprender a conviver com estas, é crucial para o nosso amadurecimento, para nos encontrarmos novamente, termos experiências. Se não existisse perdas e fins não saberíamos como o ganhar, o iniciar e o recomeçar são bons e nos enchem de alegria.
Redação sobre perdas, 2012, Brunna Freitas.