sexta-feira, 22 de junho de 2012

perdas e fins

     ''A mais lamentável de todas as perdas é a perda to tempo'', já dizia Philip Chesterfield. É como uma lei natural da vida, onde pra sempre nunca existe e somos surpreendidos pelo fim. Acabam-se etapas, findam-se relacionamentos, perdemos o tempo e a juventude, e a cada dia novas situações.
    No decorrer de nossas vidas somos postos à prova toda a hora. São perdas pequenas, médias e grandes, desde uma desilusão à falta de um telefonema, uma discussão mal resolvida, um desencontro; até aquelas perdas temporárias de pessoas que se mudam, da demissão de um emprego... Perder e ganhar, fazem parte do nosso processo de humanização.
   Destas perdas, algumas vão deixar feridas que, naturalmente, irão doer por um tempo; como se precisássemos delas para nos tornar quem somos. Entendermos que algumas perdas são inevitáveis - a perda de um ente querido, a juventude - é um processo de descobrir o amadurecimento. Na maioria das vezes, é feito a operação ''band-aid'', para recuperar o ego e os sentimentos.
      Não confundamos mudança com perda, aprender a lidar com isso é uma questão de tempo, calma e quase de condição. Fins não são fáceis e as perdas nos deixam marcas, mas aprender a conviver com estas, é crucial para o nosso amadurecimento, para nos encontrarmos novamente, termos experiências. Se não existisse perdas e fins não saberíamos como o ganhar, o iniciar e o recomeçar são bons e nos enchem de alegria.



Redação sobre perdas,  2012, Brunna Freitas.

terça-feira, 12 de junho de 2012

Ei, acho que já ta na hora de falar do dia dos namorados não é?

 bom, antes de ''namorar'' pela primeira vez, com uns doze ou traze anos, eu tinha uma imagem bastante enigmática sobre como era se relacionar e conviver com alguém. no ensino fundamental, sempre via o pessoal mais velho da oitava série andando de mãos dadas e pensava: vou ficar pra titia, isso nunca vai acontecer comigo.. na minha ingênua cabeça, se você tivesse alguém pra chamar de seu, os problemas da vida simplesmente paravam de existir, ou pelo menos diminuiriam; sei lá, como se o outro fosse roubar um pouquinho de suas dores e problemas e resolve-los. hoje, creio que pensava assim porque eu vivia em um mundo de amores platônicos: o vizinho lindo e mais velho, os populares do colégio, o meu par no CTG, o professor, o cantor.. o tempo passou, conheci e me apaixonei por um garoto, andamos de mãos dadas e eu até criei um álbum no orkut com fotos românticas, mandei depoimentos eternos e todo aquele blá blá blá..foi lindo, foi mágico e findou-se. na verdade acho que todas aqueles contos de fadas com final feliz que ouvimos quando crianças acabam criando uma sensação de que, se não tiver alguém fixo, alguém que divida emoções e momentos ou pra passar os dias dos namorados, não existe amor. é um dia comum como todos os outros, e dai que você irá passar o dia dos namorados solteira? quer companhia melhor que si mesma? não vejo mal nenhum em estar sozinha. eu não preciso de namorado pra me sentir segura, creio que você leitora também não. independência sempre foi uma marca minha, desde pequena..nunca corri atras de amiguinhas que viraram as costas pra mim por motivos fúteis, nunca precisei dar em cima ou puxar saco de professor nenhum pra conseguir boas notas e passar de ano, sempre cai e aprendi a levantar sozinha. e não é a questão de não querer um namorado, é questão de não precisar de um! ninguém merece carregar nas costas a responsabilidade de encontrar alguém que complete tudo aquilo que nos falta.é ate legal ter aquela sensação de que tem alguém que pode dividir contigo o cobertor naquela noite fria, mas ele não vai vir correndo só porque hoje é rotulado como ''dia dos namorados'', ele não vai vir correndo só porque você quer. não adianta ler e olhar romances e se descabelar tentando achar seu príncipe encantado, porque por aqui as coisas não são tao fáceis quanto parece menina. na vida real, a gente sofre pelo mais galinha, conhece na balada o mais canalha..é assim, ninguém disse que ia ser mole! não é que eu não acredite no amor, muito pelo contrário, acredito no amor e na paixão também..mas não hoje! na verdade, não vejo motivos para sofrer tanto pela falta dos mesmos. quando a gente já ta um tempo solteira, e da cada passo conforme tem que ser dado, no tempo certo; aprendemos de que não existe nenhuma fórmula certa pra ser feliz e sair amando alguém. quando tiver que acontecer, se for acontecer, vai acontecer e vai ser lindo e duradouro o tempo necessário, e assim será inesquecível; mesmo que dure um dia ou uma vida. então, presta atenção: aproveita esse clima de romance no ar e cuida da pessoa que tem o amor eterno por você, da pessoa mais importante da sua vida: vocês mesma!