quarta-feira, 27 de março de 2013

- tem alguma coisa acontecendo né anja?

     - é exatamente esse o problema.. (suspiro) tem alguma coisa acontecendo!
     - isso a gente sempre disse,não to te entendendo.
    - no começo falávamos brincando que não podia acontecer mas que tava acontecendo e tava sendo bom. mas agora...agora é diferente. eu falo que não era pra ser assim e não acho mais graça na 'brincadeira'.
     - perdeu a vontade de ficar comigo? eu te fiz alguma coisa?
     - não, muito pelo contrário. não vejo graça porque eu to gostando, e gostando cada vez  mais. ta ficando cada vez mais sério, não tem graça nisso tudo. dá vontade de fugir!
     - ta, ta ai. ótima ideia. bóra fugir comigo?!
     - sabe, as tuas falas as vezes dariam um ótimo diálogo de filme. mas o único problema, é que aqui é vida m eu bem, é a paixão real em jogo, é a nossa paixão  se fosse uma comedia romântica  seria ótimo saber que nós, como personagens principais, fugiríamos dos problemas e ficaríamos felizes numa praia, olhando a lua e bla bla bla. mas já to cansada de saber que por aqui não acontece como nos filmes. (com o olhar cabisbaixo, ela continua) Eu não preciso fugir pra ficar contigo e nem quero que tu faça isso. é diferente sabe, porque viveríamos fugindo pra sempre dela, de tudo...
     - mas pra mim é mais complicado do que tu pensa, eu tenho ela comigo ha 3 anos. tu já falou que eu sou omisso, mas se não sentisse alguma coisa ainda, tudo já teria tido fim.
     - será?
     - não sei.

(nesse momento o silêncio reinou. o olhar de ambos procuravam alguma saída.)

     - tinha que ser diferente logo contigo? eu tava aprendendo a ser mais fria, a lidar com as pessoas sem colocar sentimento. tu tem noção? a gente anda de mão dada, eu já menti pra poder te ver, ta contigo nem que fosse um pouco; eu corro perigo pra estar do teu lado porque tu me faz bem, eu já virei até romântica contigo te dando pizza na boca. mas depois veio a parte chata: meus amigos perguntando quanto tempo a gente tava junto, e eu tendo que responder que a gente não tava junto, que a gente não tinha nada além daquilo que eles estavam vendo.
     - mas tu sabia que não ia ser fácil!
     - e precisava ser tão difícil?

     - tu me faz bem, eu passo sorrindo contigo anja, tu me faz feliz até nas ligações.
     - por que tu ainda me liga? isso me trás esperanças, alimenta sentimentos.
     - tu ainda me pergunta? isso não é óbvio?
     - me diz, alguma coisa é óbvia quando se trata da gente?

(ele toca seu rosto. por alguns instantes, o mundo dela para.)

       - só uma coisa: eu não consigo parar de pensar em ti.
     - com tantas por ai, caindo aos teus pés, por que eu? juntou as nossas confusões, somos confusões ambulantes. logo eu, esse poço de dúvidas e incertezas..vai, desiste! isso nunca vai dar certo.
     - define ''isso''..
     - isso é nós dois juntos. sei lá, a gente nasceu pra se conhecer, nos apaixonar, mas não pra ficarmos juntos, como um casal. a parte racional tem consciência de que ficar contigo é cilada, mas já o coração...bom, esse sempre fode com tudo, porque insiste mesmo sabendo que não vai dar certo. por que? que droga...por que tu?

(a conversa continuou, as dúvidas também. os sentimentos confusos, as ligações intermináveis, a relação a três também. parece que tudo anda como antes...mas agora é mais explicado..ou mais complicado..vai saber!)


segunda-feira, 25 de março de 2013

como sempre, sentida pela dor do outro.

hoje me chateei. sim, fiquei chateada por uma amiga. é como se a dor dela fosse minha também. quem sabe é porque eu passei por alguma coisa bem parecida..é, pode ser.
não diz que ele quebrou teu coração, não joga praga e nem choraminga pelos cantos porque não deu certo - de novo -. esse lenga lenga, desculpa, mas não iria muito além mesmo. é difícil quando só um quer, é impossível preencher um coração já ocupado. ah, amiga, não vale a pena lutar pra ser porão da vida de alguém!
tira essa vírgula e coloca ponto final de uma vez..é o fim da linha, garota. tentou até onde conseguiu, foi mais longe do que deveria, mas é hora de tirar o time de campo. não magoa-se a toa. quebrou muito a cara e o coração, já é hora de desacelerar.
de repente, esse último parágrafo que tu escrevestes, nem precisava. poderia ter acabado antes. a conclusão já tava escrita, não finge que não. respira fundo e manda ele amar quem bem entender, porque quando é de verdade exige muita coragem.
tudo isso é pra te incentivar a ir em frente; organizar as coisas, arrumar a vida e ir. deixa tudo limpinho, como era antes do encontro com ele. deixa as fotos dela na parede dele, pode até deixar uma tua também, mas tira todas as dele dai agora. ei, tira essa também, eu disse TODAS. libera teu coração de mais uma decepção, não queira mais ver no que isso vai dar.
quem perde com tudo isso é ele, amiga. entre mortos e feridos, como dizer por ai, salvaram-se todos. ele não é homem pra ti. aliás, ele não é homem. isso é atitude de moleque! 

domingo, 24 de março de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

mas que coisa estranha..perdi o gosto por romances!

definitivamente não sei como isso aconteceu. é quase que impossível, ainda mais quando se trata de mim. não, sou sou romântica nata, mas gosto daquele comecinho onde tudo se transforma em conquista, sabe?! 

quando se trata de gêneros literários ou cinematográficos, o suspense, a comédia e principalmente o romance, sempre foram meus preferidos; mas atualmente este vem me incomodando. escrever sobre romance, com um enredo que fixa a sua imaginação e frases clichês - ou não- é minha paixão. mas porque diabos perder o gosto além das linhas escritas? 
essa semana eu percebi, que o livro romântico que uma amiga emprestou-me está ali, na cabeceira da minha cama, marcado até a página 6. logo eu, que sempre admirei os livros com aquela esperança romântica, com todo aquele mimimi que tu até consegue associar àquelas músicas depressivas, quando está lendo. 

nunca fui guria que sonhei com homem perfeito, principe encantado, nem nada do tipo. mas sempre fui convicta de que um dia vou encontrar aquele homem que me tire do sério e que me faça sossegar por algum motivo tolo. sempre gostei de romances bem construídos, apesar de meus relacionamentos sempre serem confusos, complicados, enrolados, uma fria. enfim, eu queria ser como uma personagem dos meus próprios textos. 
mas o livro falava sobre casamento, almas gêmeas, o bla bla bla que ia dar tudo certo no final, que depois de uma noitada com bastante bebida tudo ficava bem...um dia, eu até acreditei em tudo isso, hoje, tenho aversão, e não, não me atrai mais! 
li essas últimas frases em voz alta e logo ouvi um ''Que amargurada, credo!'' da minha mãe atrás de mim. é, talvez sou mesmo. talvez esteja, e não seja. sei lá. mas não tem como mentir que as minhas decepções logo cedo me fizeram amadurecer muito, e que as minhas novas decepções por aventuras recentes me fizeram ser mais desiludida com homens. mas no fundo, acho que mudaram muito mais que esse meu esquivo com relacionamentos; acho que conseguiram dar um time no meu botãozinho de alerta do coração. mas assim eu aprendi a não 'apanhar' mais, e sim ser paciente e rir com as coisas da vida. principalmente da minha vida amorosa, que eu confesso: é um desastre! quer dizer, ela era um desastre. nem sei se eu tenho mais vida amorosa, ou se ela morreu atropelada quando pulou de uma nuvem em busca de um sotaque cativante, de uma barba mal feita. 
sabe, é verdade mesmo que eu perdi o gosto por romances. mas não que isso seja o fim do mundo, não, muito pelo contrário. agora quero ser personagem de comédia, onde por mais que sofra nunca leva os golpes muito a sério e assim permito-me rir de mim mesma. troquei meu tipo de livro, troquei o velho e bom romance por uma prateleira lotada de esperanças risonhas!