sábado, 27 de junho de 2015

Sebastian

Lembro de quando nossa vida era romance. Aquele ‘q’ de comédia alegrava meus dias mais cinzentos.
Mas hoje, eu to pulando fora do barco enquanto ele não afunda. To fugindo enquanto ainda dá tempo.
Nosso filme virou drama. E tem dias que ele me assusta feito terror.
Vamos salvar ao menos o respeito. Vamos nos salvar.
Pulemos fora, mesmo deixando tudo inacabado. Vamos bater em um iceberg, vamos nos salvar. Eu vou pular pra me salvar, te salvar..pula desse barco que tu nem entrou..1,2,3 e JÁ!
To cansada do nosso filme, do nosso roteiro, do enredo, do elenco, dos desfecho final.
É preciso saber a hora certa de pular, pro barco seguir seu rumo tranquilo. Tu não quer pular? Eu pulo sozinha. Mas não vem me dizer que eu não tentei te salvar, meu bem.
Meu coração já perdeu guerras demais. Ta doendo ficar no barco vendo a água entrar.
Não adianta remar contra a maré. Tu agora é o meu porto-nada-seguro.
Boa sorte pra ti nessa empreitada. Acha mesmo que consegue se livrar de afundar? Eu to caindo fora. Quero mergulhar em outros rios.
To abandonando o barco. Acabei de escutar o grito de  “Salve-se quem puder”. 
Tibum!
Espero que esta carta não esteja molhada,
Nem da água do mar, nem de minhas lágrimas.
Da tua marinheira,
Giovana.

quarta-feira, 24 de junho de 2015

Fica tranquilo, querido:

Aqui não tem ninguém...É só o vento lá fora.
Isto é só uma resposta..não te apavora, viu, foi ela quem mandou eu te escrever!
Tu lembra a data, enquanto ela não sabe o dia, só lembra do mês.
 Mas ainda assim é a mesma menina mulher que sempre foi: tímida, introspectiva, que gosta de preencher e ser preenchida.
Sabe, Fermento, os momentos silenciosos são os momentos mais falantes dela ... :)
Diferente de te ti: (in)seguro, comunicativo, impulsivo,matraca aberta, metendo os pés pelas mãos, sempre em voga.
Há uma troca aqui, rapaz: observadora e observado, calmaria e confusão, chuva fina e tempestade.
Vocês dois são muito tempo ruim, são dois eternos furacões.
Um fala, o outro responde, o outro rebate. Um xinga, o outro faz beiço, o outro fica sem jeito. Um alerta pra vida, o outro não desencana e o outro não facilita.
Fermento, vou te dar um conselho. Ela nem sabe que vou te contar isso, porque não gosta de ser vulnerável, mas tu já a fez chorar de raiva. A moça sofre de mágoas, rapaz. Tem que cuidar o que diz pra ela, pois por trás daquela armadura tem alguém que acredita no poder das palavras. Então não repete mais que ela não é o que tu esperava para a vida, diz somente que vocês não combinam. Quem sabe ela diga: ainda bem! E fica tudo bem..bem de boas.
Sabe Fermento, tu não é um cara ruim, só ainda não aprendeu a lidar com as confusões ambulantes dela.
O que? Tu não gosta que te chamem assim? Mas a guria me disse que tu até dá uma risadinha boba quando ela assim te chama. Ela ta de sacanagem contigo ein..ta te provocando!
O que? Ela te provoca sempre? Olha, não é querer fazer intriga, mas ela sempre me conta que é tu que é fraco..que provocar mesmo só quando o lábio dela ta frio e o teu quente.
 Rapaz, ela se preocupa contigo. Poxa vida, seria bem melhor se tu preocupasse menos quem gosta e convive contigo né. Temos certeza, eu e ela, de que ela não é a única a ficar receosa contigo. Vai com calma, criatura..não perde essas pessoas!
Ela não sabe quase nada de ti, ao contrario do que tu pensa. Tu não sabe nada sobre ela, ao contrario do que tu pensa.
Ela é melhor com palavras do que falando. Tu é melhor falando do que cantando. (brincadeirinha – risos)
Fermento, espero que tu entenda o jeito dela achar alguém especial..ela é durona mas no fundo tem um coração mole..e se ela se preocupa contigo, acho bom tu entender o recado.
Tudo vale a pena: se não virar amor, vira poema!

quinta-feira, 18 de junho de 2015

Ontem me disse: tu escreve pra mim.

Hoje eu digo: estou escrevendo sobre ti.
Na verdade, é sobre nós e esse encontro meio que lunático.
Por vezes eu me confundo contigo. Por vezes tenho certeza que não temos nada a ver.
Com o tempo me tornei alguém arisca de relacionamentos – tanto amorosos quanto sobre amizades-. Alias, o tempo me muda constantemente. E é muito raro o meu ‘santo bater’ logo de cara. Eu não sei de que planeta tu veio, mas pode ser de uma galáxia bem próxima da minha.
Percebi que as coisas fluíam quando em uma das muitas madrugadas de conversa, chorava contigo e falava sem receio sobre convivências familiares. Percebi que as coisas fluíam quando me sentia a vontade de mandar áudios e falar bobagens. Percebi que as coisas fluíam quando contávamos historias bem parecidas e nos surpreendíamos. Percebi que as coisas fluíam quando tu disse pra alguém que era minha amiga.
Falo isso porque pra mim amizade é um termo tão forte e que eu sou comedida pra usá-lo, que me surpreendeu. Logo, me peguei pensando que era muita coisa de alma, sabe? Claro que sabe, tu sempre entende. Sou muito seletiva nos amigos que faço e daqueles que permanecem comigo. Aprendi a gostar de ti apesar de tudo: nossas semelhanças e/ou diferenças, acertos e/ou erros, qualidades e/ou defeitos. Pra bem da verdade é isso que eu mais gosto em ti: essa maneira de me mostrar as imperfeições sem titubear. O que não gosto, é esse teu jeito casca grossa, não-vulnerável, que se parece muito comigo..e sei que não é tão bom assim pra gente. Mas quer saber? Se tiver que cair, tenho certeza absoluta que levantaremos e seguiremos em frente.
Diferente de quase tudo que já aconteceu comigo, esse encontro me fez e ainda faz (re)pensar muito na minha vida: no respeito mutuo que existe na minha casa, nos sonhos que eu ainda planejo, na falta que minha avó faz pra mim e de como eu fico sozinha mesmo cheia de gente e quem me faz ficar mais encontrada é quem está longe. E no teu caso também: do que tu pode aproveitar na tua família se for um pouco menos turrona, de curtir mais teus pais e parar de birra, de fazer planos e sonhar muito mais do que (só) estar na Zero Hora, de como tu tem sorte na vida por ter tua avó ainda por perto (aaaai, eu tinha que chorar nessa parte, que merda!) e que tu tenha certeza que quem ta aqui de longe tem as melhores das intenções.
Fico feliz que entre tanta gente chata e sem sentido nessa vida, tenha te encontrado.
Talvez esse encontro não seja o primeiro (de novo, sei que tu entenderá), mas o que espero é que não seja o último. Que consigamos nos entender tão bem assim em mais um monte de vidas!

quarta-feira, 17 de junho de 2015

tô de saco cheio!

Já tem algum tempo que as opiniões e criticas não-construtivas alheias me incomodam. A eterna busca pela tampa da panela é muito mimimi pra mim.
Vamos ser francos uns com os outros: não estamos em um barco furado, então não me jogue a bóia pra me salvar da solteirice!
Aos amigos que tem alguns amigos para me apresentar, às gurias que torcem para serem minhas cunhadas...esqueçam: eu não quero conhecer alguém que tenha – por obrigação – que ser o homem da minha vida.
Ser solteira não é estar no alto de uma torre esperando o príncipe passa pelo dragão e vir me salvar. Não queira ser meu cupido.
Choro vendo Ps eu te amo e sei de cor 10 coisas que eu odeio em você. Escrevo sobre amor e reclamo por não conhecer ninguém legal – ou conheço e não dou chances -...mas ok. A missão agora e cuidar da minha vida, dos meus sonhos, meus planos e acolher muito bem as oportunidades que estão aparecendo.
Ta tudo bem comigo, gente. Tudo bem ser solteira, livre, leve, solta e desimpedida. Eu estou/sou feliz! Apesar de super entender que tu só queira pra mim alguém que seja feliz comigo, assim como tu achou pra ti...só que essa é a minha vida, não a tua.
Não é clichê nenhum: é possível ser feliz sozinha, sim! Talvez eu encontre logo alguém para juntar os trapos. Ou talvez não. E tudo bem! Há abundantes formas de ser feliz; e ser solteiro não quer dizer estar triste, sozinha, mergulhada na profunda solidão. Assim como alterar o status de relacionamento do ‘face’ também não faz com que tu nunca te sinta vazio.
Alguns precisam de alguém pra sorrir. Eu preciso apenas de mim mesma e uma boa dose de amor (próprio) !