quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Era final de ano e nos encontramos no barzinho.

Sendo mais específica, nos encontramos no balcão onde é pedido os drinks. O mesmo bar que era nosso e agora é meu...meu e dele, pelo jeito. Lembro-me bem, fomos lá pela primeira vez em uma quarta, onde ele dispensou um futebol com os amigos e eu uma baladinha básica. Foi a melhor caipira que eu tomei na vida. Na verdade, não sei se a caipira era boa ou aquele dia foi tão especial que tudo que aconteceu era perfeito. Foi o encontro marco para a gente. Depois disso viajamos juntos e assumimos compromisso, e lá se tornou nosso ponto de encontro, acabávamos a noite sempre lá, no bar da caipirinha. Desde o nosso término, a alguns meses atrás, eu sinto seu perfume mesmo sem te enxergar, e odiava o fato de fechar os olhos e imagina-lo com o sorriso largo, de braços abertos, esperando um beijo. Eu não queria mais pensar em ti, muito menos sentir o melhor cheiro do mundo, que era o teu perfume...Mas foi ai que toda a cidade, parece, que resolveu usá-lo: meu tio, meu vizinho, meu chefe, o dono na pizzaria, o garçom, o padeiro, o atendente da loja. Mas dessa fez eu tive a certeza que não era engano, fechei os olhos e a imagem que eu sempre ''via'' foi interrompida por uma voz conhecida fazendo o mesmo pedido de sempre:
- Uma caipirinha no capricho, com muito gelo e bem forte, por favor!

Foi quando borboletas pareciam que voavam no meu estômago - esse fato não acontecia desde a primeira vez que eu o vi -. Eu queria que fosse ele, juro! Queria vê-lo novamente, mas não tinha certeza de que estava preparada pra te olhar nos olhos e sentir minhas mãos suarem e minha fala sair trêmula...isso quando eu penso em alguma coisa pra te falar, porque contigo eu não penso em mais nada. Matutei bilhões de bobagens e desculpas possíveis, planejei alguns - muitos-  planos de fugir dali sem que fosse percebida. Mas quando menos espero, uma cutucada no meu ombro direito vem acompanhada de um ''Oi!''. Respirei fundo. Cotei até dez. Poxa, avia passado meses ensaiando coisas para dizer quando tivesse encarando-o, planejava até o jeito de sorrir e o ângulo em que a frase dita cairia melhor. Entretanto, tudo isso parecia ter desaparecido da minha mente, é como se toda a responsa agora fosse com o coração e a razão tivesse tirado aqueles minutos de férias. Era momento de eu me virar, azar.
- Oi, quanto tempo né!? 

Caracas, eu poderia ter dito qualquer coisa. Sobre política, até sobre o final de ano mesmo. Mas fui obrigada a dizer uma frase clichê, referindo-se a quanto tempo tinha passado e nada entre a gente tinha mudado. Eu mudei. Ele mudou. Mas quando se tratava de nós dois juntos, parecia ser diferente. 
- Pois é, faz algum tempo mesmo. Você está linda! Seu cabelo ficou ótimo com luzes. Está ótima! 
(ele deu um sorriso, que por alguns segundos fez com que meu mundo parasse...)
Não eram luzes, eram mechas australianas. Ótima?Isso era o que minhas professoras colocavam na minha prova na quarta série. Estava tudo, menos ótima, tava na cara.
- Obrigada! - foi a única coisa que eu consegui falar. Agradeci e não sou mais o que dizer, nem como agir. Não quis encompridar assunto, porque a continuação, se dependesse de mim, era como e porque a gente (não) tinha acabado. Queria perguntar sobre a minha sogra...Opa, minha ex sogra...Melhor dizendo, sua mãe. Queria saber se  seu irmão passou de ano, e o que queria de presente de natal. E o trabalho, como iria? Antes mesmo que eu concluísse os meus itens de perguntas mentais ele me interrompeu.
- Preciso ir, esta caipirinha acabou comigo. (risos) Foi ótimo vê-la de novo e saber que está bem. Parece que nada mudou, aliás, continuo com o mesmo número, então, sabe o que fazer se quiser alguma companhia num dia chato.
Sinceramente, parte de mim pulava de felicidade e queria logo aceitar aquele convite, porque minha vida andava chata e sem nenhum companhia a meses. Outra parte, andava com ele em direção a fila do caixa do barzinho, e esta parte, queria colocar em prática tudo que aprendi nesses últimos tempos na aula de boxe. ''Ele age como se eu nunca tivesse visto suas fotos festando com aquela piriguete do 301'' foi meu pensamento rápido. E nenhum telefonema bêbado, isso que é o pior. 
- Ah, lembro seu número sim. Talvez eu ligue mesmo, obrigada! Boas festas, eu sei que tu não gosta muito disso mas... (sei uma risadinha pra não acabar a frase dizendo ''mas eu posso estar contigo fazendo tuas festas melhorarem.)
Claro que eu não ia ligar coisíssima nenhuma. Na verdade, nem tenho mais o número. Talvez eu saiba de cor...Ta, ok, não dá pra mentir. Eu sei sim o número dele de cor e salteado, de tras pra frente. Mas o que eu queria mesmo era acabar aquela conversa ali. 
- Ah sim, feliz ano novo! Espero te ver mais vezes ano que vem. Vou passar a virada jogando um play e tomando um trago com os guris, meus pais vão viajar e só sobrou as parcerias na cidade. Te cuida.
Eu não tinha muita ideia do que estava acontecendo ali, logo no lugar onde tudo começou, mas quando completaste a frase, tive certeza que nada tinha mudado. Eram palavras, eram os seus amigos, as suas histórias, a sua bebida, a sua vidinha. Era isso que eu mais odiava em você, o seu egocentrismo e pelo jeito ainda continuo odiando. Vi você entregando a comanda e se aproximando da saída e escutei o menino do caixa dizendo:
- São 37 reais, moça!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Meu plano é dormir abraçada em um sapo de pelúcia,

já que hoje,ouvi músicas que nem eram tão tristes e chorei. Assisti filmes de comédia romântica e não soltei uma gargalhada, em compensação as lágrimas... Comi leite condensado direito da caixinha, acabei com todas as sobremesas aqui de casa e ganhei alguns muitos quilos a mais. Nada disso adiantou! Por acaso, nenhuma música entendeu o que eu sentia, os quilos a mais não fizeram sentido, o filme não foi o suficiente. 
Disseram que eu tinha de sair para conhecer caras novos, que eu tinha de levantar e seguir minha vida porque você não merecia nenhuma lágrima minha - e as pessoas ainda acham que eu choro por ti! ok, até choro, mas esse choro de hoje, era daqueles que eu não sabia porque estava chorando -. Como se fosse muito fácil simplesmente levantar e sair pra conhecer outros caras, e seguir a vida sem nada a temer. Como se fosse fácil esquecer você num piscar dos olhos, como todos me diziam...mas esquece-lo foi bem mais difícil que isso. As bandas que você me apresentou, tive de parar de ouvi-las; passo bem longe dos lugares que você frequentava comigo e colocar todos os dias uma máscara de maquiagem pra camuflar as minhas angústias. Já tive que me trancar no quarto e chorar quietinha pra ninguém descobrir o quanto você ainda me doía, tive que virar o rosto pra não ve-lo sendo feliz. Não foi rápido, muito menos fácil, porque pra te esquecer eu tive de engolir o gosto amargo do nosso fim mal acabado, muitas vezes. 
Enquanto eu tive a certeza de que era melhor te esquecer, devagarinho, fui me acostumando em não ter mais mensagens de carinho toda a manhã. Sem me dar conta do passo grande que estava dando, eu conheci outras pessoas, outros caras interessantes; fui a lugares novos, li outros livros e comecei a ouvir outros estilos de música. Enquanto eu aprendi a te esquecer, levantei a cabeça e segui a minha vida, sem aquela obrigação de ''ter de'' te esquecer, e deixei você ir morrendo aos poucos, sem muitas faíscas. Entendi, por fim, que eu estava fazendo a mesma coisa que você: estava tentando ser feliz. Não dá pra mentir, doeu demais te esquecer, mas eu aprendi a ser feliz e to gostando pra caramba! Você virou um passado, mas não posso dizer que não representou nada, porque virou um passado com muitas experiências. Com você eu aprendi muito, entre tantas coisas, que eu não tenho que amar os outros mais do que amo a mim. Enquanto eu te esquecia eu aprendi a maior lição que a tua pessoa poderia ter me dado: amor é muito mais do que esperar migalhas! Pode ir, obrigada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quem lê o Blog religiosamente já sabe, mas gosto de me apresentar:

Muito prazer, me chamo Brunna Freitas, 18 anos e sou apaixonada por coisas/pessoas simples e intensas. Tenho incontáveis amigos - 8 entre 10 amigos que convivo são homens - e deles penso que nunca tomarei distância por motivos de ciúmes, suspeitas sem fundamento ou ataque de putisse de namorado nenhum. As mulheres que me cercam, parecem estar no Deserto do Saara e sentem uma sede incontrolável e, adivinha só...água que nada, elas gostam mesmo é de cerveja, de destilados, de tudo que contenha álcool! (risos) Tomara que meu futuro namorado leia isso, porque é exatamente assim: sinto-me confortável ao lado deles -amigos e amigas-, seja num churras bacana regado de muito trago, numa balada onde,graças ao etílico,mostramos nossos dotes de dançarinos, seja sentado numa mesa de boteco tomando um chopp acompanhado de uns aperitivos. Acho necessário de o casal tenha uma vida social conjunta e individual, é importante manter a liberdade de cada um, é imprescindível a confiança reinar em num relacionamento. Mas também é chato, quando ambos entram em um acordo de sair separadamente com seus respectivos amigos e um ou outro passa ligando pra saber com quem esta, aonde esta, que horas volta, o que ta comendo...se for pra ser assim, entremos em um consenso e não saiam, pronto! Eu sei que nem nos conhecemos ainda, futuro namorado, e que talvez nuncas irá ler esse texto ou nunca vá ouvir direito sobre meus hábitos e minha essência, mas queria que soubesses disso agora, desde já. Sou um poço de confusão ambulante, sou fria mas com o coração de manteiga, aprendi a ser arisca de relações e duvidar de todas as cantadas e coisas bonitas que leio/ouço. Existem algumas coisas, que com o tempo de relação é inevitável que se percam com o tempo, mas outras em hipótese alguma conseguirão amputar da minha personalidade, pois nem com o maior receio de perde-lo, nunca vou abrir mão de mim. Sabe por quê? Simplesmente, porque se eu perder minha essência, começaremos uma relação contra o tempo, daquelas que vai regressar os segundos -como uma bomba-relógio- até explodir e eu tira-lo dos meus habitos para reconhecer-me novamente dentro do meu espelho. Aposto o que quiserem, que depois de ler esses trechos acima, conseguirá citar pelo menos dois amigos(as) que começaram a namorar e sumiram de vez. Quem não tem um amigo(a) que se podou assim, que atire a primeira pedra! São pessoas com rostos muito familiares que hoje só são vistas através de redes sociais em um mundinho cor-de-rosa, cujo perfil está esbanjando fotos com descrições do tipo: ''eu e o amor da minha life'', ''te amo pra sempre'', ''eu e o gordo'' ou ''você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida''. Fique ciente de uma coisa: bons namorados, aqueles que gostam de ti de verdade, não exigirão que você corte da sua vida os amigos e pessoas que te fazem bem, e muito menos deixarão de te amar se você tiver uma vida social -saídas com ele ou não- ativa. Pelo contrário, é um sinal de que a confiança está presente na relação, e que basta que você tenha uma postura firme, correta e segura. Por isso, nunca deixe de fazer, com seus amigos, aquilo que te torna você! 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

''Toda mulher que se preze já se apaixonou por um babaca.

 A história é quase sempre a mesma, o final também. A gente conhece um cara, ele se mostra doce, maravilhoso e bem resolvido. A gente – encantada – guarda a intuição no fundo da gaveta, veste o melhor decote (e o melhor sorriso) e sai linda, leve e solta para mais um capítulo cheio de frases mal contadas, celular desligado e eventuais sumiços. Verdade seja dita: a gente sente que tem alguma coisa errada, mas acaba fazendo vista grossa. E acha que está sensível demais, exigente demais, desconfiada demais. E deixa rolar. O resultado? O cara te enrola, te pede desculpas. Depois vacila de novo e te enche de presentes. Meninas, estou escrevendo este texto para eu mesma decorar. Imprimir. E nunca mais esquecer. A gente não pode sair por aí perdendo nosso tempo com esses babacas. Chega de desculpar tanto, de tampar o sol com a peneira. Quando um cara REALMENTE está afim de você, ele vai até o inferno por você. Essa verdade ninguém me tira. Não tem trabalho, família, futebol, amigos, crise existencial, nem celular sem bateria que façam com que ele – caso tenha educação e a mínima consideração – não tenha tempo de dizer um simples “oi”. Isso não é pedir muito, concorda? O cara não precisa dar satisfação a toda hora, te ligar várias vezes por dia, isso é chato e acaba com qualquer romance. O que eu quero dizer é que mulher precisa de carinho. Atenção. E uma sacanagem bem-dosada. Se o sujeito vive brincando de esconde-esconde, não responde lindamente suas mensagens, não te chama pra sair com os amigos dele e nem tenta te agarrar quando você diz que está com uma lingerie de matar por debaixo da roupa, minha amiga, o negócio está feio. Muito feio. Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra outra nessas histórias. Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele vai perceber TUDO o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da nossa casa. Mas a realidade é diferente. Não somos a Julia Roberts, não estamos numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis. Quando eles querem uma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça. Portanto, anotem aí: quando um cara está afim de você, ele vai te ligar, ele vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não são meus. Ou são. Afinal um cara babaca sempre dá pistas de que é babaca. Só não enxerga, quem não quer. ''
 Fernando Mello

domingo, 6 de janeiro de 2013

Introspectiva, tímida.

Mas quando me solto, meu bem, não tem quem me segure! -sim, meus amigos mandam eu ficar quieta e me acalmar por inúmeras vezes no mesmo dia-. Sonhadora, pés no chão. Indecisa, super firme nos argumentos. Destrambelhada, organizada. Cara, eu sou assim! Esse poço de confusão ambulante. Adoro me desligar do mundo, de vez em quando. A verdade, é que faço isso, porque tem dias que não consigo me interessar por nada, nem ninguém. Ai minha mãe acha que sou estranha, que o meu choro escandaloso tem que ter algum motivo...ta,ok, eu devo ser um pouco estranha mesmo. Aprendi a observar e absorver, mas nesses dias de ''mundo da lua'' eu tento confirmar tudo que eu ouvi com um sorrisinho -daqueles bem meia boca mesmo- e com alguns ''aham'', ''é'', ''entendo'', ''hum''. É que nesses dias, não tem santo que me faça pensar, muito menos absorver alguma coisa boa; sabe quando parece que o mundo é tão sem graça quanto chuchu? Pois é, é assim que eu me sinto alguns dias dos 365 que marcam no calendário. Diferentemente dos outros dias, hoje larguei esse meu mundinho e tive que aconselhar uma amiga, que vive num mundo cor-de-rosa depois que encontrou o suposto amor da sua vida. Ela não parava de falar que ele era um cara ótimo pra ela, mas que ela sentia ciumes até da sombra. Juro, se ela tivesse dito que ele era o maior idiota e que não a merecia, juro, que eu tinha concordado e acabado o assunto por ali. ''Ele me pediu pra jogar um futebol só com os amigos, imagine só, SÓ COM OS AMIGOS.'' sim, eu também achei sufocante só de ouvir - no caso de vocês ler- essa baboseira. Ela continuou aquele caos com os olhos nublados ''Se ele me ama realmente como diz, por que jogar só com os guris?''. Na hora eu não pensei em ser delicada, aquela situação fez com que eu soltasse uma gargalhada ironicamente ironica e um ''Cara, acho que teu mundo pink fez com que tu pirasse de vez..Meu interior grita por mim, vou me desligar do mundo agora. A gente se fala!'' e sai andando. Vim pra casa me questionando onde estava minha amiga. Será que essa paixonite aguda vira tanto a cabeça das pessoas assim? Pensativa, confesso, que me assustei. Parece que as pessoas entram em alguns relacionamentos buscando ser gêmeos siameses, sabe? Poxa, tudo bem que eu não to namorando, não sou a pessoa melhor resolvida amorosamente pra falar isso, mas meu, amor é só o pontapé inicial do namoro, o que mantém em pé é a liberdade dosada e a confiança extrema..confiança no parceiro que escolheu, confiança em ti mesma. Nem amizade se mantém sem confiança - pense nisso-! Acredite que você não tem que sair com ele a tiracolo, e se proibi-lo de sair, ele vai dar um jeitinho -como todo bom brasileiro- e sair escondido. '' Prenda muito alguém e ele vai querer ser livre. Deixe livre e ele vai querer se prender.'', minha amiga precisa mesmo aprender isso. E minha mãe ainda me pergunta porque eu gosto de me desligar um pouco e curtir um mundo diferente, de vez sem sempre...