tenho um pé atrás com essa história de destino, carta marcada, tarô, horóscopo. diante do meu gostar das palavras, ouso em dizer-lhe que algumas pessoas nasceram para rimar.
to te vendo descer a Rua dos Prazeres. assim que te reparo, parece que saio daquele tumulto urbano. tu não é muito diferente dos outros caras que passam por ali, mas alguma coisa te diferencia, e eu não sei o que é. tu ta usando aquela bermuda jeans que acentua teu bumbum, aquela, que parece que tem sempre um diabinho falando baixinho no meu ouvido: 'vai, encara. afinal, não tem nada a perder!'. teu boné virado pra trás te deixa com cara de moleque..moleque atrevido. pergunto-me: por que tantas observações? não obtenho resposta.
não tenho a carne mais fraca, tu não é o príncipe encantado e eu estou longe de ser a princesinha. mas é diferente, contigo, é diferente. imã? talvez seja a melhor explicação.
acredito no potencial do ser humano em adaptar-se. então, através disto, enfatizo que existem cabeças feitas para encaixar perfeitamente em certos peitos. afirmo, que existem colos que realmente colam, abraços com aquele 'quê' de beijo, beijos indubitavelmente eternos.
mas como entender o que se passa com a gente? será que arriscando falar um pouco sobre a metafísica, ajudaria para explicar a tendência inevitável da somo entre os nossos corpos? na verdade, creio que a nossa aproximação física é uma manifestação muito além de atração.
mas que diabos existe em ti, que eu não consigo resistir? enquanto não acho respostas, prefiro acreditar na insistente beleza da rima entre os seres. com sorrisos bobos, me deparo contigo e um sentido incontrolável que vai muito além do sexto.
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