segunda-feira, 8 de novembro de 2010

o que restou foi a saudade

Por que você não sabe me ler nas entrelinhas, hein? Por que não tem a sensibilidade necessária para perceber cada apelo implícito que a minha alma faz por você? Por que ignora os meus pedidos que, embora mudos, saem quase que aos gritos, implorando pelo seu retorno? Por que não compreende cada “me cuida” escondido por detrás do “oi” meio frio, do colo quente que ainda quero te oferecer? Por que não percebe que os meus pontos finais são, na verdade, segmentos do que ainda quero viver ao seu lado?
Insiste um pouco mais, vai. Insiste mais, que é para esse orgulho estúpido te perdoar e perdoar a si mesmo por ser tão fraquinho e dependente de ti. Insiste! Insiste com vigor, com vontade, como se eu fosse a única no mundo capaz de te alimentar. Insiste mais e mais e quanto for preciso. Eu já tô quase cedendo, afinal.
E, enquanto não cedo, eu morro. Morro de amor, morro de saudade, morro de tudo querendo morrer de overdose de você.
 
Porque assim, sem você, eu vou continuar exagerando. Eu exagero muito, afinal. Relembro as palavras, revivo os momentos, recrio as minhas histórias. Me reinvento em você e volto a morrer de amor. É, eu exagero muito... Daqui a uns meses eu sei que vou olhar para trás e rir disso tudo. Vou perceber que nem te amava, quiçá te amava tanto assim. Mas, até lá, vou continuar exagerando. Porque para quem nunca teve nada, até o pouca coisa é tudo

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