terça-feira, 25 de fevereiro de 2014

Nesse nosso tempo,

 não cheguei a compreender se os teus defeitos eram mais intoleráveis do que essa tua mania tão incompreensível de demonstrar afeto logo de cara. os teus discursos não me convenciam. Tuas atitudes não condiziam. tuas declarações de amor eram..opa, acho que não era amor. Tu mal me conhecias. Não sabia meus medos, minhas manias, meus projetos de vida, meu filme preferido, meu modo de prender o cabelo ou a falta de jeito. Tu nunca soube que eu adoro prever o que vai acontecer no final das novelas, que eu me faço de culta, que eu sou introspectiva mas também adoro aquela revista de fofoca, que eu choro. Você só soube do que quis saber. Você só viu a pessoa que gostaria de ver. Você só não me viu chorando porque não prestou atenção...eu choro, viu! Tu amava a imagem que tinha de mim. Não me amava. Pra bem da verdade, eu só peguei a bebida na mesma hora que você e dancei por perto quando você estava a fim de se apaixonar. Dizer que eu era a garota mais sexy não foi um jeito de me conquistar. Dizer que me amava no primeiro encontro fez com que tu perdesse pontos comigo. Vou te ensinar uma coisa que aprendi muito cedo: eu te amo, não é bom dia. Amor é muito mais do que as borboletas que tu pode ter sentido no estomago. Exige jeito, convivência, olho no olho, segredos, afetos, cumplicidade...química! a gente tinha uma história, mas não tinha química.
 Você não me amava.
Eu não estava tão a fim de você.
Vou te dizer que teria sido realmente uma honra, moço, se não tivesse sido tão aporrinhador!

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