Eu vejo isso quando te olhos nos olhos. Eu vejo isso quando tu não me olha. Eu vejo isso por demorar para atender uma chamada minha. Eu vejo isso quando tu não me atende. Eu vejo isso quando sai sem rumo. Eu vejo isso quando sai sem mim. Eu vejo isso nas tuas não-respostas. Eu vejo isso com o teu palavreado monossilábico. Eu vejo que tu tenta fazer um esforço pra estar do meu lado e não me magoar, mas não ta conseguindo esconder que ta cansado de mim, da gente e disso tudo que formamos, seja ou casal, um par, ou não. Não pense que eu só reparo e não faço nada, ou que não dói..não pense.
Cara, eu to te perdendo, já entendi.
Tu sai com teus amigos, não avisa e ainda chega em casa super tarde com bafo de canha. Sinto tuas respiradas fortes antes de entrar no quarto. Tu já nem repara mais em mim e no esforço que to fazendo pela gente. Queria saber qual foi a ultima vez que tu quis me abraçar, me beijar e me sentir, de verdade...
Não tomo a iniciativa porque tenho medo. Medo de ouvir o que não quero, medo que tu conheça outra guria que te faça sentir o que eu não consigo mais. Respiro fundo varias vezes e ate aprendi a contar rápido ate mil, fazendo um esforço danado pra não ser ciumenta nível máster..mas eu vejo tu com alguma amiguinha e fico imaginando que talvez seja ela..talvez seja ela que vá te levar de vez de mim. Eu tenho medo. Não porque ela tenha mais capacidade que eu de te deixar louco, não porque ela seja melhor que eu nem nada do tipo; apenas porque tu precisa de um peido pra acabar com a cagada, apenas porque tu precisa arranjar uma desculpa pra arrumar as malas e bater a porta na minha cara.
Tem dias que eu acho que é paranóia minha e tento me convencer que tu ainda me ama. Mas ai eu começo a falar e tu solta o ar, vulgo, bufa, entediado. Sempre arruma desculpas pra não me acompanhar nos almoços em família, sempre ta cansado e quer olhar jogos. Eu não brigo, não falo nada, não reclamo..mas observo. Fico assistindo tu fugindo do meu mundo, sem ter muito o que fazer.
Qualquer hora dessas tu vai embora e eu não vou fazer nada. Porque olha, meu amor, eu não posso te obrigar a ser meu e ficar comigo. Ver esse desgosto nos teus olhos me machuca.
Eu queria te dizer alguma coisa que fizesse voltar a ser meu como antes. Queria que tu te declarasse como o apaixonado do começo. Mas eu não posso e não vou te impedir de arrumar as malas e ir. Eu não vou dizer nada enquanto tu junta as tuas coisas e junta coragem pra ser livre.
Vai doer, vou sofrer e vou pensar se eu não devia ter feito algo de diferente pra ficarmos juntos pra sempre. Mas, no fundo, sabíamos que tu nunca me pertenceu.
Eu sei que eu to te perdendo, moço, mas eu não vou te impedir...
Nenhum comentário:
Postar um comentário