segunda-feira, 17 de agosto de 2015

Abre o braço, que eu deito no teu ombro.

O guri dorme com um semblante mais tranqüilo, sabe..parece entender que eu não vou ataca-lo com cócegas.
Ele aparenta estar sonhando. Daqueles sonhos que agita o corpo, sabe?! Eu faço carinho e ele esboça um sorriso. 
É engraçado..ele não sabe, mas o sorriso dele é tão incrível naturalmente. Digo, porque as cócegas o deixam vulnerável e espontâneo. 
Nunca tinha me olhado como hoje..envergonhado. Ah, aqueles olhos amendoados agora eram olhos sonolentos. 
Eu parei o mundo daqueles minutos. Era como se eu nunca tivesse o olhado. Talvez não tão calmo (já que ele é ligado no 220w). 
O guri dorme como criança que corre o dia todo e logo que fecha os olhos desaba.
Ele aparenta serenidade. Daquele jeito de dever cumprido sabe... 
É engraçado..ele me faz rir mesmo sem saber. Quando ele faz beiço e resmunga dormindo, não me contenho. É um riso baixo e carinhoso. 
Nunca tinha me olhado como hoje..com felicidade. Na verdade, já tínhamos sido felizes. Mas parece que hoje, hoje era uma parte que faltava. 
Eu parei o mundo naqueles minutos. Ele abre os olhos, que logo me fitaram, beija-me a testa e volta a dormir. 
Perderia um tempo mais olhando para ele...é um ganho de tempo! 

 ‘’Do nosso amor a gente é quem sabe, pequeno’’ 
Ultimo Romance – Los Hermanos

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