quinta-feira, 13 de agosto de 2015

É posterior a esse jeito (in)sensível..

é por trás da minha neutralidade..é na retaguarda de se apegar..é detrás a tantas doses de bebidas que se mascaram tramas que não deram certo. Tiro certeiro que foi válvula de escape pra tantas faces que sou hoje. 
eu venho nesse boteco um dia sim e o outro também. Porque assumo que me desnorteei entre as minhas desculpas esfarrapadas. Então, é entre um gole forte e outro nem um pouco suave que acabo todo santo dia. nessas historias o que não falta é enrolação, o que não faltou foi confusão, complicação e muitas ciladas. e vou contar. Mas do meu jeito. Gosto de escrever difícil, com várias virgulas e metáforas, pra parecer mais complicado do que realmente é. Enfim, eu pareço mais complicada do que realmente sou. E assim vem sendo durante algum tempo.
eu não me acho, nem de longe, a mulher certa pra falar de amor. Mas enquanto aqui bebo (e choro), fico observando esse tanto de homem que aqui bebe e ri. É um tanto de homem, até que bem charmosos, disfarçando sua futilidade com um copo bem cheio da bebida mais cara. É um tanto de homem, até que bem cheirosos, simulando felicidade com mulheres vulgares para acobertar o medo de ficar sozinho.
devo ser realmente muito velha psicologicamente. Vejo aqui boa parte de salários gastos com drinks para acabar na cama. Vejo aqui lindas mulheres que conquistam garanhões em uma piscada.  
Eu também não sou tão feia assim, me visto razoavelmente e não vejo nenhuma graça nessas situações. A graça da coisa está realmente no meu copo cheio e o garçom que vez ou outra está com uma barba que me atiça.
tenho, na maioria das vezes, o homem que eu quero com um bom papo, um bom perfume e uma dança onde ele consegue sentir o rebolado e eu apenas o coração batendo acelerado. altos, magros, baixinhos, velhos e novos..e é assim que eu disfarço as frustrações de oportunidades perdidas. Se sou feliz? Ah, me contento.
esses dias, meus dois ex namorados ficaram noivos..sim, os dois. Eles seguiram em frente da melhor forma possível. Que feliz! Desejo felicidade, porque se não fossem eles, eu não estaria precisando de boas doses de bebida. Foram eles que me ensinaram a quebrar a cara e curar com um porre. Coisa de guria nova que não sabe lidar com as pressões do cotidiano. 
hoje das minhas faces, que não a de moça de boteco, tem medo de perder a liberdade, se prender, de pisar em falso e se perder totalmente ( de novo ). Eu sei que eu magôo muito marmanjo por aí. Não que seja uma escolha minha, porque eu também me chateio por ser assim. 
Uma casca dura, uma proteção revestida de confiança pra conquistar homens que durarão algumas (poucas) semanas em minha vida porque eu deixo o labirinto estreito demais. A questão, é que depois de tantas coisas, quero alguém me negue um pouco de atenção (pra eu sentir uma pulga atrás da orelha), que não seja tão meu (gosto do impossível), que me vire a cabeça e faça-me ver o mundo de outro ângulo. Gosto de quem me conquista aos poucos, quero aquele jogo bobo e moleque de sedução, sem pressões e cobranças. Eu abortei todas as missões que não me façam quebrar o pé da cama ( ao invés da cara, do coração). 
esse botequim, me faz pensar no que eu fui, sou e serei (n)(d)a vida. E eu não sou romântica, inclusive estou bem longe desse adjetivo. Só acho que vocês mereciam saber que ‘eu não sirvo pra relacionamentos’ é a desculpa mais breve que eu sempre darei. A verdade, é que eu sou arisca porque eles me estragaram pro mundo (sim, estou falando dos mais atuais noivos, hehe). Não estou fazendo comparações, mas depois disso, abri meus dois olhos e coloquei os dois pés a trás com tudo na vida..incluindo relações (de amizades e amorosas). 
homens sentados no bar acenando a chave do carro, não vão me conquistar. Homens cheirosos, me conquistam. Homens que pagam mil drinks só vão ficar pobres, porque não vão ter a recompensa no final da noite. 
Alguns homens que nos rodeiam são mais vazios que o estado do meu copo neste momento. o que fico feliz, é que, não tenho duvidas, de que existem mais moças em botecos destilando tristeza em bebidas e cevando felicidade. Mulheres como eu são mais comuns do que imaginamos..ainda que em alguns bares da cidade!

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