segunda-feira, 18 de outubro de 2010

eu o cansada

 


do mundo ser tão vasto pra eu me sentir só. queria diminuir tudo! fico aqui catando os caquinhos bons que sobraram de você e me esqueci de te devolver pra ajudar a tapar aqueles buracos cheios de coisas ruins que todo mundo fala que você tem,
não sei se falam pra me ajudar a tapar os buracos que você fez surgir ou se falam por acreditarem que esses cacos bons nunca existiram. mas a verdade é que nesses caquinhos bons que eu me cortei, eu conheci, detalhei, peguei e eles estão por aqui! me esqueci e não quis devolver, apesar da força para fazer você se quebrar em mim de novo ser maior da de tentar colar eles, eu tento deixar num cantinho pra ver se colam sozinhos, mas mexo todo o dia pra não deixar empoeirar.me preocupo com seus cacos que sobraram, enquanto você vive muito no mundo vasto beijando menininhas por aí...o mundo que eu queria que diminuísse pra caber só os dois. desnorteada,eu procuro não saber pra evitar a dor de estomago que me consome com a fome sem a vontade de comer,evitar o frio de ser só,pela saudade daquele cobertor pra esquentar a minha falta de amor. eu quero evitar seus caquinhos sim, mas eles foram tão bons, tão bons, que mesmo ali quebrados, limpinhos e sem utilidade, me causam aquele desejo de querer me cortar de novo,de lembrar quando você se deixou quebrar e eu me cortei.
"Se não era amor, era da mesma família. Pois sobrou o que sobra dos corações abandonados. A carência. A saudade. A mágoa. Um quase desespero, uma espécie de avião em queda que a gente sabe que vai se estabilizar, só não se sabe se vai ser antes ou depois de se chocar contra o solo. Eu bati a 200 km por hora e estou voltando á pé pra casa, avariada. Não era amor, era uma sorte. Não era amor, era uma travessura. Não era amor, eram dois travesseiros. Não era amor, eram dois celulares desligados. Não era amor, era de tarde. Não era amor, era inverno. Não era amor, era sem medo.” (M.M)
Não era amor e eu estava melhor.

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