segunda-feira, 23 de dezembro de 2013

moça, eu tenho uma notícia pra te dar.

a notícia não é muito boa: tu fostes uma filha da mãe com ele. não sei muito bem o que aconteceu, nem o enredo de toda a história, mas sei  dele e de como ele está. ele ficou escondido do mundo alguns dias, e os manos mais novos dele tinham medo que ele morresse de alguma doença que transforma irmãos mais velhos em zumbis. ele não é disso, moça..nunca vi ele chorando por guria nenhuma, apesar de não saber lidar direito com rejeições amorosas porque era sempre ele que dava o fora naquelas que 'xonavam' nele. 
poxa, ele é lindo e mimado por todos, tu esperava o que? ele esnoba todas, até que apareceu tu e se desinteressou por ele e acabou com todos os planos que ele ja tinha em mente. não houve interesse por ele, tu só pensou ''bonito, arrumadinho e todas querem!''. mal sabes, moça, o interesse aguçado que ele tem para desinteresses; então não sei lhe dizer o que passou pela cabeça na hora tu cruzou na história dele..mas deve ter sido algo em comum com as babacas por quem ele já se apaixonou. 
moça, tu não sabes nada sobre ele, né?  pra mim não precisa mentir. aquele papinho de que ele era o homem perfeito, era só porque ele te tirava do tédio e tu tinha um sexo casual fixo, não era? 
cá entre nós: o que tu fez pra ele, moça? fazer um homem ficar nesse estado, é crueldade. 
tu fostes uma idiota por não perceber que teve muita sorte em esbarrar com ele por ai e fazer com que ele te notasse diferentemente. ele foi viajar pelo mundo, pra aproveitar o clichê e tentar esquecer os problemas por aqui. me ligou. disse que não ficou com nenhuma sequela, e que ainda vai achar uma guria legal. que linda a esperança dele, né?! ele não é o tipo de garoto que se conforma..de guri a homem, veja o que uma decepçãozinha não faz, hein. levantou, sacudiu a poeira e pegou a liberdade dele de volta! e sabe o que é melhor? ele tem encontrado gurias bacanas e histórias incríveis por aí. 

terça-feira, 3 de dezembro de 2013

sábado, ainda bem, final de semana.

não sei dizer que sensação é essa,  nem que chama é essa que acende quando chego perto dele. não sei se um dia me senti assim em relação a alguém..pensando bem, acho que nunca senti nada parecido. 
ele é diferente. é diferente por M motivos. entretanto, ele não é o único nem o príncipe que, quando pequena, eu esperava. ele me trata bem, feito princesa - mesmo ele não sendo o príncipe, hehe-, me dá atenção e tá sempre pronto pra uma conversa que me tira de toda a preocupação existente. 
você deve estar se perguntando: ok, e qual é o problema disso tudo? respondo-te: odeio me sentir vulnerável!! 
eu sempre acho que não vai acontecer de novo, mas dai me pego aceitando um convite e pensando: que roupa colocar? o vestido vermelho? não, muito vulgar. aquele estampadinho? não, muito menininha. já sei, aquela blusinha que comprei semana passada? vish, acho que ele já me viu com ela. droga, não tenho roupa. então, coloquei aquele pretinho básico de sempre. 
enquanto arrumava os cabelos, escolhia as jóias e o sapato, tive um ataque de riso. ora, estava sentindo borboletas no estômago..logo eu..logo com ele. eu que sempre critiquei minhas amigas. ele, que era o único homem que eu não podia. era tudo muita ironia. essa coisa toda me fazia voltar aos 12 anos quando eu era uma guria cheia de sonhos e suspiros - e eu odiava isso-. é o tal de amor que caminha ao lado do ódio, só pode. amo o fato de ter alguém e suspirar com ele, mas odeio a ideia de me entregar de bandeja, só por isso. e mesmo não querendo..opa, o interfone tocou. é ele. estou descendo. é possível sentir o perfume de alguém pelo interfone? ai meu Deus, gracias pelo inventor do perfume masculino, principalmente o dele!
- Rodrigo!! - essa era a minha voz de pato miando quando estava perto dele..afe, que péssimo.
- E ai negrinha! Tá linda!
enquanto abria a porta do carro pra mim, honrando seu charme de galanteador - Ta pronta? - indagava.
- Tive pouco tempo pra me arrumar, na correria como sempre - mentindo como sempre, demorei horas pra tentar agradá-lo - mas estou pronta. vamos?
Depois de uma sessão de um filme ultra power romântico, contou-me que tinha escolhido um restaurante bafônico.  fiquei ansiosa e muito receosa. afinal, qual era o motivo pra esse encontro especial?
- Queria aquela música..daquela banda.. ai como é mesmo o nome? cadê aquele CD?
fiquei no vácuo. ele parecia estar com a cabeça nas nuvens, dava bem pra notar.
- Rodrigo? - insisto.
- Hã? tava falando comigo?
- Não! .. Claro que tava né!
- Acho que o CD ta ai no porta luvas..então quer dizer que adorastes a banda que eu te apresente, o Tchê Garotos!
- Pois é, a música 'cachorro perigoso' me faz lembrar de ti, sempre que eu escuto. o que faz a banda e a música serem melhores ainda.
risos. nada mais além de risos. como assim? ele realmente não tava muito bem. eu ali, quase me declarando feito uma apaixonada desvairada e ele não fala nada? só risada? não é nem um sorrisinho meloso, sabe? nem um 'ai, que fofa'. odeio esses meus picos de querideza -.-
coloquei o CD pra tocar e também fiquei em silêncio no resto do percurso. ele nem se quer perguntou 'será que chove?'. nada. silêncio total.
o caminho parecia não mais ter fim. aquele restaurante parecia ser na China, mas finalmente chegamos. ele foi logo querendo saber se eu tinha gostado da escolha.
- Claro, nunca ninguém me trouxe aqui. é chiquérrimo!
- Claro, no mínimo você só saiu com moleques.
fiquei com cara de pastel, sem saber o que responder.
- Vem bobona, reservei uma mesa pra gente - disse, colocando uma mão na minha cintura e a outra na minha mão, guiando-me.
Queria saber como ele fez isso comigo. não sei como em segundo atrás queria o pescoço dele e agora quero me atirar nos seus braços toda a vez que ele olha dentro dos meus olhos e/ou sorri. aaaaaai, aquele sorriso com aquela barba mal feita...ai meu coração!!
Ainda parecia bem distraído..estava ficando cada vez mais preocupada.
- Aconteceu alguma coisa, Rodrigo?
- Oi? Que?
- É que tu ta tão estranho. sei lá, parece com a cabeça na lua.
- To nada, linda.
- Ok, não vou insistir; mas que tu ta, ta sim!
- Eu não vou estragar a nossa noite.
- Então pode começar a falar antes que depois do jantar a minha comida embrulhe no estômago. Aproveita antes que a nossa noite comece pra valer.
- Não, não é nada demais.
- Ah, ja entendi. tu acha que a hora certa de me despejar as coisas é quando tu for me deixar em casa depois de uma baita noite de sexo? to esperando. desembucha.
- Claro que não, linda. é que não sei como vou te dizer isso.
como assim? não consegue o que? Rodrigo estava me tirando do sério com esse charminho. o que ele quis dizer com isso?
- A gente. - foi a única coisa que ele me disse.
fiquei esperando algum complemento. nada. só vi seus olhos desviando dos meus.
- A gente o que? Ta me dando o fora?
- Não é isso. Deixe-me explicar.
- To ouvindo... - falei debochada.
- Igual a você existem poucas, ou talvez nenhuma. tu é perfeita demais. e eu não sou nem perto disso e você sabe disso. tu merece uma pessoa melhor do que eu posso ser. que consiga e e possa se entregar só pra ti. eu não te faço feliz por completo.
- Perai, só quem pode dizer isso sou eu. deixa disso. eu sabia de tudo quando entrei nesse jogo contigo.
- Não, eu não to mais aguentando. fiquei pensando nisso dias, e isso ta me consumindo. tu não merece. as outras mereciam. tu não. desculpa, mas to decidido.
- Bom, então é isso? Acabou?
- É. Um dia tu ainda vai me agradecer por isso, linda. tu sabe que te quero bem.
- Obrigada.
- Hã?
- Obrigada por ter sido mais um idiota que passou pela minha vida. E depois ainda vem falar dos moleques que sairam comigo? Otário!
Peguei minha bolsa, levantei, e saí sem olhar pra trás. Esse é meu destino? porque não é possível sem sempre comigo. sério que são essas as ovoltas que a minha vida vai dar?
para bem na verdade, eu sabia o porque do Rodrigo estar me marcando tanto. além de tudo que ele representava pra mim, além do risco que eu corria quando estava com ele - o que fazia cada vez eu querer mais-, eu estava magoada porque sempre fui eu que terminei os relacionamentos. sempre fui eu a pessoa que dizia as coisas que ele me disse..esse script era meu. eu tava provando do meu proprio veneno.
agora eu tava sentindo o que os caras que eu dispensei - e talvez gostassem de mim mais do que eu gosto do Rodrigo- sentiam. será que eles também sentiram esse aperto no coração? esse vácuo? essa vontade de chorar e gritar? essa repressão de todos os sentimentos? que se dane, borrei toda a minha maquiagem voltando pra casa.
Desde o dia que o Rodrigo que apresentou Tchê garotos, eles se tornaram meu despertador pela manhã, pra todos os dias pensar nele.
'' de que vale o dia ter um lindo sol, de que vale a noite com o brilho sereno, se longe de mim você está ..''
 ué, ta tocando. caracas, é meu despertador. enquanto me espreguiço, uma nova mensagem. era dele.
''Oi negrinha linda, to louco de saudades de ti. Ainda tá de pé o nosso jantar de hoje à noite né? Nao esquece. Te pego ai as 20h. Cheiro no cangote. Beijos!''
Me senti aliviada. Foi só mais um pesadelo. Hoje a noite tenho um encontro..mas dessa vez já vou preparada!

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

- Pois bem, como vão as coisas, Ana?

(Tchê, as coisas anda mais lentas que de costume. Tu ai, eu aqui. Tu desse lado e eu do lado oposto. Tu cada vez mais longe, eu te querendo cada vez mais perto. Tenho andado muito por esse mundão, e é tão engraçado, porque vejo um pedaço de ti em cada parte dele. Não sei se tu me falaste do mundo ou se eu que conheço muito bem o teu mundo. Lembra do livro que eu tava lendo? Pois bem, no fundo, ele tinha um pouco de ti.
 Se me perguntares hoje se gosto de Caetano Veloso, Djavan, Lobão, Lenine, Nando Reis; Mário Quintana, Fernando pessoa, Cecília Meireles, Clarice Lispector..eu gosto sim! Eu ando mais brega, mais clichê do que nunca. Eu começo a rir sozinha quando penso que tu vais rir de tudo isso.)
- Tudo bem, muito bem. E tu, como vai?

terça-feira, 15 de outubro de 2013

Conheço uma guria que conheceu um piá.

Ambos se tornaram amigos faz algum tempo. Ótimos amigos, por sinal. Saiam pra beber e relaxar de vez em quando; encontravam-se na balada por acaso; conversavam sobre tudo, de um jeito que só eles entendiam. Ele era um louca. E ela? Bom, ela era uma apaixonada por loucos. 
Essa guria falava todos os palavrões existentes e os que não existiam também. Tinha milhões de tatuagens, das mais diversas possíveis. Buscava respostas pras mais torturantes perguntas em músicas, nas suas escritas e nas páginas dos livros. Todos falavam dela como se estivesse em um labirinto. Ela não era uma guria dramática, eu a identificaria como aquela que se assume sem medo. Na verdade, eu queria ser um pouco assim. 
Já o guri, pelo que eu sei, não sabia lidar com um mundaréu de coisas. O passado, principalmente. Havia uma lista, daqueles planos que fazemos todo o ano, abandonada na última página de uma agenda de anotações. 
Os dois eram muito distintos. Entretanto, numa noite qualquer dessas de verão, eles de beijaram. Mais de uma vez. Parecia tão simples, que os centímetros entre os corpos e seus lábios, sumiram. Ele não tinha certeza daquilo tudo. Ela, por sua vez, estava vivendo o momento e enfim, não se importava. 
Eles eram amigos. Agora as coisas entre eles estão uma bagunça. Indiretas infinitas com olhares mil. 
Ele não quer perder a amizade, e se acha culpado. Ela adora ser amiga dele, e ao mesmo tempo que se acha vítima, se acha culpada também. 
Procuram uma resposta. Mas não existe resposta.. Existe um dia depois do outro.
Desejo que eles sejam felizes: como amigos ou não..pode ser como amantes, almas gêmeas ou almas que apenas se entendam. Todos os dias, ou uma vez a cada sete dias. No entanto que valha a pena!

segunda-feira, 7 de outubro de 2013

nunca entendi porque as pessoas odeiam tantos os ex-namorados..

diferentemente do que estejam pensando, eu ainda não enlouqueci totalmente..ainda! - risos- . é que aquela frase ''ex bom é ex morto''é um pensamento bobo, que eu li agora pouco em uma rede social, me deixa pensativa e me faz revirar os olhos. alias, as pessoas deixam tanto de si mesmos ali que eu não sei se agradeço ou peço desculpas por estar lendo. 
embora eu escreva direto sobre relacionamentos em geral, não sou tão experiente nesse assunto e talvez esse seja o segredo. durante esses dezenove anos, 'namorei' duas vezes, dois caras que, embora os nomes sejam iguais (destino brincando comigo desde sempre, hehe), eram completamente diferentes e despertavam-me sentimentos muito distintos em mim; tanto quando chegaram, e especialmente quando partiram.
com cada um vivi uma fase diferente da minha vida e, pressuponho, que conheceram várias Brunnas diferentes: a insegura, a tímida, carente. A Brunna blogueira e enlouquecidamente apaixonada por CTG, a que tinha vergonha do corpo, a que sonhava em ser estilista famosa e morar na França, aquela que confiava desconfiando. e engraçado, não sei como eles sempre foram pacientes comigo e super compreendedores. esses relacionamentos deram certo, não posso dizer que não, mas (in)felizmente acabaram..e foram pelos motivos mais diversos: um deles foi um sacana comigo, e embora sempre fosse muito sincero e fizesse loucuras por mim, eu era nova mas não era boba. o outro, o relacionamento tinha mais cobranças do que era preciso, e por fim, as nossas mancadas foram a gota d'agua.
é óbvio que o meu antigo blog, nesses tempos de foça, estavam cheios de chororô, crônicas de amor, cartas, músicas, indiretas, mimimis...não é fácil ter uma casga grossa, amigos. todo mundo acha que você não é tão sensível, alias, eu mesma tento passar essa imagem..aí, quando liam o meu blog, nessa época, se apavoravam! eles nem sempre liam as mensagens postadas, mas era um refúgio que me fazia bem.
o tempo mostra que os sentimentos se renovam de um jeito diferente, e só assim que podemos amadurecer em cada relacionamento. as pessoas, quando bem quistas e especiais, nos modificam. o único problema é que essa transformaçao nao é controlada e as consequencias são vistas nas nossas atitudes. e é ai que entra a moral da história, que é definida apenas por nós mesmos. 
transformamos a dor em rima e de verso em verso viramos a página. sem rasgas, sem riscas, sem queimar, sem ao menos voltar..apenas virar a página para um capítulo a frente. eu fiz isso. tive inumeras oportunidades de reler algumas partes..não quis! afinal, era do meu livro que estavam falando, e nao dava pra passar o tempo todo indo e vindo para tentar um final feliz que não tinha indo ainda. e nem seria o afinal!
e é assim, com toda a certeza, que afirmo que nossos últimos amores, são rapazes respeitáveis. cheios de defeitos, manias, eram imperfeitos sim. mas sem cada um deles, eu ainda seria uma garotinha boba,frágil, e sem histórias reais para contar, que aquele diário antigo, se aberto, descreve.
meu cupido é um cara sábio, que do jeitinho dele, faz com que eu aprenda em cada etapa da minha vida. porém, estou começando a pensar que, talvez, ele seja mesmo, é afim de mim!.

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Era amor,

é amor! diferente de todos os que eu já senti (me atrevo a falar por ele também)..do nosso jeito. aliás, não temos jeito. muito pelo contrário: nossos trejeitos estabanados, confusos, inquietos..parecidos!
''mal comecei e já me perdi, pois nessas horas as palavras fogem''
sim, a trilha sonora é essa. não poderia ser diferente.
não é época de vento norte (só os fortes entenderão), mas aqui dentro venta muito de saudade.
uma saudade boa, daquelas que me faz sorrir e chorar ao mesmo tempo relembrando tantas tolices, bizarrices, segredos, amor.
não é amor próprio, de irmão, de amigo, familiar, maternal, paternal e o diabo a quatro: é daqueles sem medo de julgamentos, que não brinca de se esconder - por mais que muitas vezes tentamos-..é algo muito parecido com todos esses, mas muito, muito diferente!
acredita em anjo?
pois é, eu sou o teu.


quinta-feira, 25 de julho de 2013

bueno, acho que eu preciso te contar uma coisa..

preciso falar contigo sobre os que estiveram aqui, me 'visitando', antes de você. antes de qualquer coisa, eu preciso falar das decepções, das cicatrizes, tombos e sobre os cacos que eu ainda tento juntar e ajeitar.
tu não chegou a muito tempo, então tenho que te por a par de todo o jogo, te ensinar os truques e como fugir ou enfrentar o tal do 'game over'. to aqui pra te dar todas as dicas, porque no meu jogo alguns se perderam e não quiseram mais..de visitas to cheia, agora quero alguém que fique!
já vou te avisando o quanto sou difícil e birrenta, cheia de cascas, camadas protetoras, essa tal de armadura que todo mundo fala. com o tempo, a vivencia fez com que construísse uma muralha à minha volta. mas se tu queres de verdade, não desista de mim. dê voltas e encontre a entrada. dê voltas e me encontre. atrás dessa autosuficiência toda tem alguém querendo acertar.
sei que por trás do teu sorriso cativante, de quem não ta nem ai com a vida, de quem não leva nada a sério, tu também tens tuas decepções. quero que me digas onde não devo errar, onde estão tuas feridas e quero que me fale um pouco dela. 
eu também ja errei, sabe. alguns partiram meu coração, de outros, quem partiu fui eu. mesmo sem querer, as vezes eu magoo as pessoas. eu vou falhar. fique ciente disso. na tpm, gritarei dizendo pra ti ir embora e que tu nunca deverias ter chegado na minha vida. 
sabe, talvez com o tempo a gente supere a nossa falta de jeito com a gente, a nossa falta de jeito para com o amor e aprenda um com o outro. talvez, tenhamos que acabar com todas as nossas outras histórias mal acabadas, cheias de vazios, cheias de sorrisos sem graças. 
mas to disposta a ir tirando a armadura, lentamente. afinal, quem foge do amor o tempo todo, não ta livre do sofrimento. na verdade sofre mais por não amar! entanto, digo que amar é quase que como pular do precipício. eu to afim de pular. 

terça-feira, 25 de junho de 2013

João, eu até que gosto dele..

    é um gostar daqueles que a gente se pergunta como fomos parar ali. mas quer saber? eu não tenho mais pensado em como sair. acho que não quero sair.
    é o jeito que ele me faz sentir arrepios, João, o jeito dele sussurrar as coisas no meu ouvido,  dum jeito que eu me sinto vulnerável àquilo tudo. 
esse guri tem um olhar pequeno e irônico quando desconfia de mim. quando desconfia dos movimentos lentos de quase ataque, quando estou prestes a lhe fazer cócegas na barriga -sim, ele morre de cócegas-; quando desconfia que eu quero falar mais e não acho palavras. é, acho que ele já me conhece..ou acha que me conhece, porque na verdade, nem eu sei quem sou.
    bocó, mas presta atenção em tudo que digo, em tudo que faço. e João, ele tem um jeito manso quando me encara, mesmo eu dizendo que não gosto quando assim me olham. não tem um dia que ele não me chama de fedorenta e depois elogie meu cheiro. o cheiro dele também é forte..cheiro de homem..adoro! -risos-.
    esses dias ele aparou a barba, João, e depois ficou se perguntando se eu ia gostar. é, ele não me conhece mesmo. eu gosto de barbas. homem de barba, quando cola o rosto no meu...iiiiiiih, arrepau no piu!
    eu fico muito feliz quando ele me chama de 'minha menina'..fico feliz por não precisar ter que ser mulher com ele, sabe?! eu já judiei bastante dele, ainda judio, João. coitadinho, caiu numa cilada véia cuiuda. mas a compreensão dele é enorme, sabe, e se o mundo caísse agora, ele iria me abraçar tão firme que eu nem ia sentir a queda. aliás, ele já aguentou meu mundo desabando em algumas madrugadas. ele não faz perguntas, só afirma que vai ficar tudo bem e me diz que ele vai ta ali comigo, que eu conquistei a confiança dele. é um mimoso, João, um mimoso!
   essa semana mesmo, eu viajava em Júpiter e ele em Netuno -isso sempre acontece- , e quando eu aterrizei foi com um ''tem como não acreditar em alguém que te sorri com os olhos?''. aí, realmente, a-ter-ri-zei! -risos-.
    os braços dele não são os mais fortes, nem os mais fracos, mas são deles. e o abraço dele me traz sensações boas. e é desse jeito cuidadoso, que ele me invade e me conquista aos pouquinhos, nas coisas mais simples; e talvez ele nem saiba disso.
     ô João, ele gosta da minha mãe e trata ela super bem..já começou me ganhando por aí. ele gosta dos meu amigos porque eles me fazem feliz. ele gosta dos dias ensolarados porque a gente se vê e ele pode me convencer de sentar no chão, acompanhando ele. 
    eu gosto dele, porque ele não me trata com pressa, sabe João. mesmo contrariado ele tem a maior paciência do mundo e tenta ser um mimo comigo todo o santo dia, ou por sms, por face, olhando no olho. mesmo quando ele tem que lidar com as minhas alterações master de humor,João, ele diz que gosta de mim. quando digo pra ele me deixar quieta, 'ir embora', porque eu sou muito chata e tudo mais; ele vai. mas nunca vai embora mesmo. sempre volta dizendo que sou muito mais que chata, e finge me derrubar só pra eu perder as forças e cair na gaitada. aliás, eu odeio quando ele me faz rir quando eu to braba com ele.
    e são nos detalhes que ele me ganha. e daí eu vejo, João, que eu curto ele. principalmente quando ele me sorri com os olhos..aí fica tudo bem!

sexta-feira, 31 de maio de 2013

PARE!

guarde tuas declarações decoradas pras gurias que ainda acreditam em ti como um bom moço.
comigo tu podes vir sem truques, sem ser príncipe. depois que entendi que vocês nunca irão acordar a Bela Adormecida, me mantive bem acordada. hoje gosto mesmo são dos ogros.
com essa minha estranha mania de observação, te decifrei desde o primeiro oi. te analisei desde o dia que tu sorristes despreocupado e coçavas a barba enquanto o sol te iluminava. vi traços de felicidade quando estavas com os amigos, e os mesmos traços se suavizando quando falavas de amor. 
observei como tu bates o pé incansavelmente quando estás nervoso, e como buscas uma fuga com olhar quando ficas sem respostas. 
psiu, não te preocupas. nem quero que tu responda minhas dúvidas de vida...vem questionar o mundo comigo, vem!!
não te assustas, eu sou mesmo alguém cheia de falhas. mas fica tranquilo, te aceito cheio de erros também. 
deixa de canto essa necessidade de fazer tudo certo e vamos errar juntos, e sermos felizes fluentemente, sem obrigação.
te quero pra minha vida pra me acrescentar e não pra tapar meus buracos. mas não te cobro nada. talvez a gente dê certo ou talvez seja só mais uma história louca. talvez tu vá e não volte ou talvez tu nunca vá. 
vai que a vida resolva dar um empurrãozinho hein?! quem sabe...

enquanto te espero, aprendo a cozinhar e arrumar a minha cama todas as manhãs.

tento arrumar minha vida também, entre trancos e barrancos.
me formo na faculdade, compro carro próprio, arrumo minhas malas e saio de casa dos meus pais, arranjo um emprego que me proporcione uma boa vida e finalmente minha independência.
enquanto te espero, crio vergonha na cara e tento sair da minha zona de conforto. porque se eu quero conquistar o mundo, tenho que começar conhecendo o meu mundo!
enquanto te espero, passo por alguns sufocos. amadurecer também faz cicatrizes na nossa linha do tempo. dizem que é assim que valorizamos o bom; conhecendo o ruim! foi por isso que voltei atrás e vou te valorizar. porque nenhum outro me mostrou, como tu, o quanto a vida vale a pena.
enquanto te espero, também sou tachada como coração de pedra e a ilusora. virei culpada por alguns corações quebrados. alimento relacionamentos com esquivos. 
enquanto te espero, descubro que a espera por ti não faz sentido. porque te esperar é rotina demais pra alguém como eu, que odeia calmaria. talvez te esperar também seja um jeito de me conhecer. de me REconhecer.
na verdade, enquanto tu não chegas, eu descubro que ser sozinha não me basta, mas que a minha felicidade depende só de mim.
enquanto te espero, enquanto tu não vens, eu cresço...
enquanto te espero, vivo de mentiras e acabei valorizando a verdade. mesmo que pra isso eu tenha que aceitar que talvez tu nunca chegue!

Um ordinário. Um tímido.


Eu gosto desse. O outro gosto de mim.
Num eu vou me ralar. No outro até pode rolar.
Adivinha em qual cilada eu cairei?!
Enquanto um me procura, o outro faz eu sentir falta.
Pegada x querideza. Complicado escolher.
Já dizia minha avó: dias de muito, véspera de nada.
Mas quem nunca?

quem disse que precisamos

prestar conta de tudo que sentimos? de onde tiramos que devemo explicar o choro, o riso, o gostar...sentir!
fale menos, observe mais. sinta mais, preocupe-se menos!

quinta-feira, 30 de maio de 2013

- Pedro, nem sabe, conheci um cara muito bacana ontem.

- Show hein.
- Ele pediu meu telefone.
- Hum.
- Ele não pegaria meu telefone se não quisesse nunca mais me ver, não é?!
- Acho que sim.
- Ta mas pra onde vão os caras que pegam telefone e não ligam nunca mais? Somem do mapa? Vão fazer turnê pela Europa?
- Sabe, eles podem ir pro mesmo lugar dos inúmeros caras bacanas que tu coloca na zona de conforto como melhores amigos!

quarta-feira, 8 de maio de 2013

Permita que eu intervenha, guria.

http://www.youtube.com/watch?v=1R7WzVYg6N8&list=UUqMChp5Sd4l3gHksgZ2eJIA (leia ouvindo um bom som)

Tu não deverias estar fazendo isso com ele. Não importa muito o que eu vou te dizer agora, e nem vou perder o meu tempo relembrando isso, mas deverias trocar mais olhares com ele. Ele entende olhares, mesmo sem dizer nada. Poucos deles entendem, então, aproveita.
Eu o perdi. Fui me esconder de mim, e foi ele quem não me achou mais. E ai eu dei a volta ao mundo, mas quem conheceu outros mundos, na verdade, foi ele. Conheceu mais do que queria, muito menos do que devia, além do que eu gostaria. 
Fiquei de cama, não tinha alguém pra me cuidar.Senti medo do escuro e quis ligar pra ele. Li livros, todos do gênero que ele gostava. Fui a bares em busca de alguém ao menos parecido. Desenterrei fantasmas e os levei pra olhar filme comigo, por falta de companhia. Enquanto isso, ele aprendeu a falar chinês e fez aulas de culinária. Correu sem camisa na chuva, foi repreendido..mas pelo menos tinha alguém do lado que se preocupava com ele. (ainda bem..ou não!). Provou línguas que não era a de costume. Pulou carnaval fora de época. Foi feliz. Acho que nem lembrou de mim.
Ô guria, reclame menos dele. Não vê o jeito que ele passa a mão na barba mal feita, com cara chateada pelos teus puxões de orelha? 
Hoje, eu sai do banho e deixei a toalha molhada em cima da cama. Sorri sozinha. Senti falta da desordem dele. Da barba ralé, do perfume exalado por todos os cômodos da casa, da tampa levantada, das nossas discussões monótonas, onde só eu falava. Da barriguinha de chope, do jeito que ele rebolava, do beijo na testa mais carinhoso, do abraço apertado de saudade, da cara de ordinário. Gostava até dos defeitos dele, que me fizeram ir embora. 
Percebi, recém, que eu fugi de mim porque gostava dele e de todas as coisas que eu havia perdido. E em cada lugar que eu ia, lembrava, porque ainda guardava um pedaço dele em mim pra não esquecer de quem ele era. 
Tu vais perde-lo, moça. E o máximo que eu posso fazer é oferecer meu humilde conselho: cuida bem dele. O resto é por tua conta e risco. Tu já deverias conhece-lo a esse ponto. 
Eu o amava. E só depois deu percorrer o mundo todo, vi que faltava algo em mim. Era ele
Já conheci homens bons, mas não parei com nenhum deles, porque eles não me faziam parar. Continuei correndo, mesmo não sabendo pra onde ia. Rodava o mundo e parecia que o mundo não rodava. Entendi, então, que eu poderia ter ficado em qualquer lugar do mundo que eu quisesse, eu não ia fugir de mim, nem dele..porque ele estava em mim!

segunda-feira, 22 de abril de 2013

hoje eu declarei que não quero mais voltar atrás.

tá decidido. será que eu vou ter que fazer promessa, dessa vez? vou seguir em frente sim, mesmo que para isso meu coração e meu cérebro entrem na 2ª Guerra Mundial. guardei as lembranças. que teimavam em voltar, numa caixa na última gaveta da cômoda. para que tudo se ajeitasse, tive que tirar da caixa alguns sonhos, que na época pareciam impossíveis. lá estava eu: rica, estilista famosa e morando da França. mas olha só o que apareceu..lá dentro também tinha sonhos nossos. imaginei um milhão de pessoas realizando nossos sonhos e nenhuma se encaixava no papel. tive a certeza de que tinham sido planejados somente pra gente. tinha também o sonho de ser dançarina, figurinista, psicóloga, mulher, mãe, uma profissional competente e cheia de vida. olhei pro espelho e sussurrei: como pude guardar tantos desejos bonitos, pensando que eram impossíveis?
espiei pela janela e tinha um sol lindo se pondo. engraçado, tava quase um temporal dentro de mim. transbordei. ninguém percebeu. sorri. todos elogiaram. entendi que os sonhos antigos poderiam ser reais. passou a dor de ter deixado na caixinha boas recordações. talvez quando meu potinho de lembranças se encher novamente, tudo que eu guardei agora vire novidade e novos sonhos. foi aí que fechei os olhos e decidi agradecer, pois o destino sabe exatamente o que faze para que a vida não perca seu sentido. literalmente. 

quarta-feira, 27 de março de 2013

- tem alguma coisa acontecendo né anja?

     - é exatamente esse o problema.. (suspiro) tem alguma coisa acontecendo!
     - isso a gente sempre disse,não to te entendendo.
    - no começo falávamos brincando que não podia acontecer mas que tava acontecendo e tava sendo bom. mas agora...agora é diferente. eu falo que não era pra ser assim e não acho mais graça na 'brincadeira'.
     - perdeu a vontade de ficar comigo? eu te fiz alguma coisa?
     - não, muito pelo contrário. não vejo graça porque eu to gostando, e gostando cada vez  mais. ta ficando cada vez mais sério, não tem graça nisso tudo. dá vontade de fugir!
     - ta, ta ai. ótima ideia. bóra fugir comigo?!
     - sabe, as tuas falas as vezes dariam um ótimo diálogo de filme. mas o único problema, é que aqui é vida m eu bem, é a paixão real em jogo, é a nossa paixão  se fosse uma comedia romântica  seria ótimo saber que nós, como personagens principais, fugiríamos dos problemas e ficaríamos felizes numa praia, olhando a lua e bla bla bla. mas já to cansada de saber que por aqui não acontece como nos filmes. (com o olhar cabisbaixo, ela continua) Eu não preciso fugir pra ficar contigo e nem quero que tu faça isso. é diferente sabe, porque viveríamos fugindo pra sempre dela, de tudo...
     - mas pra mim é mais complicado do que tu pensa, eu tenho ela comigo ha 3 anos. tu já falou que eu sou omisso, mas se não sentisse alguma coisa ainda, tudo já teria tido fim.
     - será?
     - não sei.

(nesse momento o silêncio reinou. o olhar de ambos procuravam alguma saída.)

     - tinha que ser diferente logo contigo? eu tava aprendendo a ser mais fria, a lidar com as pessoas sem colocar sentimento. tu tem noção? a gente anda de mão dada, eu já menti pra poder te ver, ta contigo nem que fosse um pouco; eu corro perigo pra estar do teu lado porque tu me faz bem, eu já virei até romântica contigo te dando pizza na boca. mas depois veio a parte chata: meus amigos perguntando quanto tempo a gente tava junto, e eu tendo que responder que a gente não tava junto, que a gente não tinha nada além daquilo que eles estavam vendo.
     - mas tu sabia que não ia ser fácil!
     - e precisava ser tão difícil?

     - tu me faz bem, eu passo sorrindo contigo anja, tu me faz feliz até nas ligações.
     - por que tu ainda me liga? isso me trás esperanças, alimenta sentimentos.
     - tu ainda me pergunta? isso não é óbvio?
     - me diz, alguma coisa é óbvia quando se trata da gente?

(ele toca seu rosto. por alguns instantes, o mundo dela para.)

       - só uma coisa: eu não consigo parar de pensar em ti.
     - com tantas por ai, caindo aos teus pés, por que eu? juntou as nossas confusões, somos confusões ambulantes. logo eu, esse poço de dúvidas e incertezas..vai, desiste! isso nunca vai dar certo.
     - define ''isso''..
     - isso é nós dois juntos. sei lá, a gente nasceu pra se conhecer, nos apaixonar, mas não pra ficarmos juntos, como um casal. a parte racional tem consciência de que ficar contigo é cilada, mas já o coração...bom, esse sempre fode com tudo, porque insiste mesmo sabendo que não vai dar certo. por que? que droga...por que tu?

(a conversa continuou, as dúvidas também. os sentimentos confusos, as ligações intermináveis, a relação a três também. parece que tudo anda como antes...mas agora é mais explicado..ou mais complicado..vai saber!)


segunda-feira, 25 de março de 2013

como sempre, sentida pela dor do outro.

hoje me chateei. sim, fiquei chateada por uma amiga. é como se a dor dela fosse minha também. quem sabe é porque eu passei por alguma coisa bem parecida..é, pode ser.
não diz que ele quebrou teu coração, não joga praga e nem choraminga pelos cantos porque não deu certo - de novo -. esse lenga lenga, desculpa, mas não iria muito além mesmo. é difícil quando só um quer, é impossível preencher um coração já ocupado. ah, amiga, não vale a pena lutar pra ser porão da vida de alguém!
tira essa vírgula e coloca ponto final de uma vez..é o fim da linha, garota. tentou até onde conseguiu, foi mais longe do que deveria, mas é hora de tirar o time de campo. não magoa-se a toa. quebrou muito a cara e o coração, já é hora de desacelerar.
de repente, esse último parágrafo que tu escrevestes, nem precisava. poderia ter acabado antes. a conclusão já tava escrita, não finge que não. respira fundo e manda ele amar quem bem entender, porque quando é de verdade exige muita coragem.
tudo isso é pra te incentivar a ir em frente; organizar as coisas, arrumar a vida e ir. deixa tudo limpinho, como era antes do encontro com ele. deixa as fotos dela na parede dele, pode até deixar uma tua também, mas tira todas as dele dai agora. ei, tira essa também, eu disse TODAS. libera teu coração de mais uma decepção, não queira mais ver no que isso vai dar.
quem perde com tudo isso é ele, amiga. entre mortos e feridos, como dizer por ai, salvaram-se todos. ele não é homem pra ti. aliás, ele não é homem. isso é atitude de moleque! 

domingo, 24 de março de 2013

quarta-feira, 20 de março de 2013

mas que coisa estranha..perdi o gosto por romances!

definitivamente não sei como isso aconteceu. é quase que impossível, ainda mais quando se trata de mim. não, sou sou romântica nata, mas gosto daquele comecinho onde tudo se transforma em conquista, sabe?! 

quando se trata de gêneros literários ou cinematográficos, o suspense, a comédia e principalmente o romance, sempre foram meus preferidos; mas atualmente este vem me incomodando. escrever sobre romance, com um enredo que fixa a sua imaginação e frases clichês - ou não- é minha paixão. mas porque diabos perder o gosto além das linhas escritas? 
essa semana eu percebi, que o livro romântico que uma amiga emprestou-me está ali, na cabeceira da minha cama, marcado até a página 6. logo eu, que sempre admirei os livros com aquela esperança romântica, com todo aquele mimimi que tu até consegue associar àquelas músicas depressivas, quando está lendo. 

nunca fui guria que sonhei com homem perfeito, principe encantado, nem nada do tipo. mas sempre fui convicta de que um dia vou encontrar aquele homem que me tire do sério e que me faça sossegar por algum motivo tolo. sempre gostei de romances bem construídos, apesar de meus relacionamentos sempre serem confusos, complicados, enrolados, uma fria. enfim, eu queria ser como uma personagem dos meus próprios textos. 
mas o livro falava sobre casamento, almas gêmeas, o bla bla bla que ia dar tudo certo no final, que depois de uma noitada com bastante bebida tudo ficava bem...um dia, eu até acreditei em tudo isso, hoje, tenho aversão, e não, não me atrai mais! 
li essas últimas frases em voz alta e logo ouvi um ''Que amargurada, credo!'' da minha mãe atrás de mim. é, talvez sou mesmo. talvez esteja, e não seja. sei lá. mas não tem como mentir que as minhas decepções logo cedo me fizeram amadurecer muito, e que as minhas novas decepções por aventuras recentes me fizeram ser mais desiludida com homens. mas no fundo, acho que mudaram muito mais que esse meu esquivo com relacionamentos; acho que conseguiram dar um time no meu botãozinho de alerta do coração. mas assim eu aprendi a não 'apanhar' mais, e sim ser paciente e rir com as coisas da vida. principalmente da minha vida amorosa, que eu confesso: é um desastre! quer dizer, ela era um desastre. nem sei se eu tenho mais vida amorosa, ou se ela morreu atropelada quando pulou de uma nuvem em busca de um sotaque cativante, de uma barba mal feita. 
sabe, é verdade mesmo que eu perdi o gosto por romances. mas não que isso seja o fim do mundo, não, muito pelo contrário. agora quero ser personagem de comédia, onde por mais que sofra nunca leva os golpes muito a sério e assim permito-me rir de mim mesma. troquei meu tipo de livro, troquei o velho e bom romance por uma prateleira lotada de esperanças risonhas! 

quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013

ainda não sei, o que há em algumas pessoas, que não conseguimos resistir!

tenho um pé atrás com essa história de destino, carta marcada, tarô, horóscopo. diante do meu gostar das palavras, ouso em dizer-lhe que algumas pessoas nasceram para rimar.
to te vendo descer a Rua dos Prazeres. assim que te reparo, parece que saio daquele tumulto urbano. tu não é muito diferente dos outros caras que passam por ali, mas alguma coisa te diferencia, e eu não sei o que é. tu ta usando aquela bermuda jeans que acentua teu bumbum, aquela, que parece que tem sempre um diabinho falando baixinho no meu ouvido: 'vai, encara. afinal, não tem nada a perder!'. teu boné virado pra trás te deixa com cara de moleque..moleque atrevido. pergunto-me: por que tantas observações? não obtenho resposta.

não tenho a carne mais fraca, tu não é o príncipe encantado e eu estou longe de ser a princesinha. mas é diferente, contigo, é diferente. imã? talvez seja a melhor explicação.
acredito no potencial do ser humano em adaptar-se. então, através disto, enfatizo que existem cabeças feitas para encaixar perfeitamente em certos peitos. afirmo, que existem colos que realmente colam, abraços com aquele 'quê' de beijo, beijos indubitavelmente eternos. 
mas como entender o que se passa com a gente? será que arriscando falar um pouco sobre a metafísica, ajudaria para explicar a tendência inevitável da somo entre os nossos corpos? na verdade, creio que a nossa aproximação física é uma manifestação muito além de atração. 

mas que diabos existe em ti, que eu não consigo resistir? enquanto não acho respostas, prefiro acreditar na insistente beleza da rima entre os seres. com sorrisos bobos, me deparo contigo e um sentido incontrolável que vai muito além do sexto.



terça-feira, 19 de fevereiro de 2013

- ei, da pra eu fechar a janela?

- pode, mas por quê?
- ah, o vento tá bagunçando meu cabelo.
- só de tu deixar eu passar essa música, pode ser?
- aham!
- nossa, como tu ta quieta hoje, o que que foi?
- nada.
- então porque essa cara?
- não é nada.
- odeio quando tu faz isso. eu sei que quando tu fica assim me esconde alguma coisa que te chateou. o que eu fiz dessa vez? fala!
- nada. ( sabe o que é? essa música que ta tocando e tu quer passar...foi a música do nosso primeiro beijo, a nossa trilha sonora. você dizia que adorava meus cabelos quando o vento batia. na verdade, acho que tu não curte quando eu não consigo ser tão espontânea, natural. tu gosta mesmo quando me pega olhando pro nada e fazendo careta. ah, para tudo. escuta. foi nessa parte da música que tu me olhou nos olhos e sorriu. acho que dava pra sentir meu coração batendo aceleradamente. a mãe te odeia até hoje...te odeia por tu conseguir me tirar da cama cedo e com um ótimo humor. ela acha que tu me prometeu alguma coisa em troca disso, e na verdade, não me prometeu nada, a não ser que lembraria sempre da nossa música. é, é essa ai mesmo que ta tocando a alguns segundos e tu nem me olhou ou deu aquele sorriso irônico como quem diz ''lembra?''. ando meio neurótica, pode ser a TPM, mas a verdade é que eu queria mesmo é que tu tirasse a mão do volante, colocasse na minha perna e lembrasse comigo de um dos momentos marcantes da gente. você me irrita. opa, a música parou. acho que vou soltar o cabelo pra ver se você me nota. será que a nossa música ficou velha demais e precisamos de uma nova? -risos- eu nem lembro mais porque fiquei irritada contigo. poxa, não é a canção que importa, porque toda a música que falar de amor, vai faar sobre nós dois.)
- o que foi? que sorriso bobo na cara é essa?
- nada, eu já disse.
- ai ai, mulheres!
- eu já disse que te amo hoje? agora troca essa música logo, porque estou enjoada dela. 

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Não faz muito tempo

que tu estavas triste, sozinho, pensativo, como se faltasse algo. Na hora, pensei em ir ao teu encontro, correr pro te abraço e te acalentar. Mesmo com essa distância e aquelas palavras que nunca foram ditas, eu me preocupo contigo. Antes  mesmo do primeiro passo, perguntei-me onde ela estaria...queria ter certeza de que não encontraria dos dois juntos. Por que vai saber não é, ela fez da nossa amizade um erro e tu, infelizmente, acreditou. Enquanto me preparava, ela chegou, limpou tuas lágrimas e te puxou pra perto; e em silêncio, seguiram de mãos dadas...te vi sumir no horizonte, ao lado dela. Naquele momento, voltei pra casa e decidi que escreveria esta carta. Sei que tu já não me escuta, muito menos lê o que eu escrevo aqui,  mas se ainda se importar, preste atenção e lembre-se de como era a sua vida antes dela. Mas por favor, desliga logo esse celular! Não espera pra sempre a ligação dela dizendo que nunca mais vai acontecer e que te ama de verdade; talvez por saber que tu vai estar sempre do outro lado da linha atendendo-a,  seja por isso que demore tanto a ligar...ou nunca ligue. Relaxa e age com calma, pois não adianta passar por cima de tudo pra ter um final feliz que só irá durar uma noite, não é mesmo? Aposto que na frase anterior, tu ja ficastes pensando como seria a proxima discussão, o que ela alegaria, qual seria o teu ápice de raiva e descontrolamento. Poxa, não é assim te nos imaginamos com alguém do nosso lado. Te vejo perdendo-se todos os dias, lentamente, mais e mais. Não sei se o tempo muda realmente as pessoas tanto assim, mas te olha no espelho, e vê se tu é a pessoa que ela conta pras amigas, vê se tu é e está feliz como planejou ser. Sabe, eu estava lembrando de como tu era sozinho e carente, da maneira que sorria sem graça com medo de estragar tudo. Da camisa de botão azul marinho com riscas de giz e da calça jeans que combinavam perfeitamente. Cadê? Tu ainda os guarda em algum lugar ou de desfez porque ela achava brega demais? Cara, tu ficavas incrível desse jeito. O que o amor fez com você, menino? Que desperdício de alma, vida e tempo. O amor não pode ser uma gaiola, muito pelo contrário, ele te liberta, nos permite ser aquilo que somos sem medo de rejeição. Deve estar estranhando essas palavras escritas com letras corridas em um pedaço de papel qualquer, eu que sempre fui tão cuidadosa com tudo isso. Mas é justamente por isso, pra te mostrar que histórias podem ser escritas em qualquer lugar e podem ser do jeito que quisermos. Agora mesmo, tantas histórias estão sendo fabuladas e tu aí, vivendo de lembranças, contentando-se com restos. Deixa logo disso menino, o mundo te espera! 

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

Quer saber?

Mesmo depois de tudo -e sim, eu sei que tu sabe exatamente o ''tudo'' que eu me refiro- eu não desejo teu mal não. E quer saber mesmo? Tenho um carinho por ti, inexplicável. Carinho daqueles que quando eu paro pra lembrar da gente, se é que algum dia houve ''a gente'', só lembro de coisas boas, de momentos de riso incontrolável. Lembro da tua cara de sono, do olhar que quando me concedia parecia não ter fim, dos abraços confortantes e protetores. Lembro dos silêncios, mas era um silêncio no qual eu podia ouvir -deitada no teu peito- teu coração dizendo ''não fica assim''. Como esquecer do teu sorriso e da forma como arrumava meus cabelos. Mesmo depois de tantas mágoas, decepções e porque não dizer aprendizado, são lembranças que ficaram de um tempo bom. Foi bom, foi mágico, me fez amadurecer e foi responsável por boa parte do que sou hoje..fez eu sentir medo, paixão, proteção, e misturou sentimentos de um jeito que eu não sei explicar. Foi tudo, foi nada, foi eterno, findou-se!

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Era final de ano e nos encontramos no barzinho.

Sendo mais específica, nos encontramos no balcão onde é pedido os drinks. O mesmo bar que era nosso e agora é meu...meu e dele, pelo jeito. Lembro-me bem, fomos lá pela primeira vez em uma quarta, onde ele dispensou um futebol com os amigos e eu uma baladinha básica. Foi a melhor caipira que eu tomei na vida. Na verdade, não sei se a caipira era boa ou aquele dia foi tão especial que tudo que aconteceu era perfeito. Foi o encontro marco para a gente. Depois disso viajamos juntos e assumimos compromisso, e lá se tornou nosso ponto de encontro, acabávamos a noite sempre lá, no bar da caipirinha. Desde o nosso término, a alguns meses atrás, eu sinto seu perfume mesmo sem te enxergar, e odiava o fato de fechar os olhos e imagina-lo com o sorriso largo, de braços abertos, esperando um beijo. Eu não queria mais pensar em ti, muito menos sentir o melhor cheiro do mundo, que era o teu perfume...Mas foi ai que toda a cidade, parece, que resolveu usá-lo: meu tio, meu vizinho, meu chefe, o dono na pizzaria, o garçom, o padeiro, o atendente da loja. Mas dessa fez eu tive a certeza que não era engano, fechei os olhos e a imagem que eu sempre ''via'' foi interrompida por uma voz conhecida fazendo o mesmo pedido de sempre:
- Uma caipirinha no capricho, com muito gelo e bem forte, por favor!

Foi quando borboletas pareciam que voavam no meu estômago - esse fato não acontecia desde a primeira vez que eu o vi -. Eu queria que fosse ele, juro! Queria vê-lo novamente, mas não tinha certeza de que estava preparada pra te olhar nos olhos e sentir minhas mãos suarem e minha fala sair trêmula...isso quando eu penso em alguma coisa pra te falar, porque contigo eu não penso em mais nada. Matutei bilhões de bobagens e desculpas possíveis, planejei alguns - muitos-  planos de fugir dali sem que fosse percebida. Mas quando menos espero, uma cutucada no meu ombro direito vem acompanhada de um ''Oi!''. Respirei fundo. Cotei até dez. Poxa, avia passado meses ensaiando coisas para dizer quando tivesse encarando-o, planejava até o jeito de sorrir e o ângulo em que a frase dita cairia melhor. Entretanto, tudo isso parecia ter desaparecido da minha mente, é como se toda a responsa agora fosse com o coração e a razão tivesse tirado aqueles minutos de férias. Era momento de eu me virar, azar.
- Oi, quanto tempo né!? 

Caracas, eu poderia ter dito qualquer coisa. Sobre política, até sobre o final de ano mesmo. Mas fui obrigada a dizer uma frase clichê, referindo-se a quanto tempo tinha passado e nada entre a gente tinha mudado. Eu mudei. Ele mudou. Mas quando se tratava de nós dois juntos, parecia ser diferente. 
- Pois é, faz algum tempo mesmo. Você está linda! Seu cabelo ficou ótimo com luzes. Está ótima! 
(ele deu um sorriso, que por alguns segundos fez com que meu mundo parasse...)
Não eram luzes, eram mechas australianas. Ótima?Isso era o que minhas professoras colocavam na minha prova na quarta série. Estava tudo, menos ótima, tava na cara.
- Obrigada! - foi a única coisa que eu consegui falar. Agradeci e não sou mais o que dizer, nem como agir. Não quis encompridar assunto, porque a continuação, se dependesse de mim, era como e porque a gente (não) tinha acabado. Queria perguntar sobre a minha sogra...Opa, minha ex sogra...Melhor dizendo, sua mãe. Queria saber se  seu irmão passou de ano, e o que queria de presente de natal. E o trabalho, como iria? Antes mesmo que eu concluísse os meus itens de perguntas mentais ele me interrompeu.
- Preciso ir, esta caipirinha acabou comigo. (risos) Foi ótimo vê-la de novo e saber que está bem. Parece que nada mudou, aliás, continuo com o mesmo número, então, sabe o que fazer se quiser alguma companhia num dia chato.
Sinceramente, parte de mim pulava de felicidade e queria logo aceitar aquele convite, porque minha vida andava chata e sem nenhum companhia a meses. Outra parte, andava com ele em direção a fila do caixa do barzinho, e esta parte, queria colocar em prática tudo que aprendi nesses últimos tempos na aula de boxe. ''Ele age como se eu nunca tivesse visto suas fotos festando com aquela piriguete do 301'' foi meu pensamento rápido. E nenhum telefonema bêbado, isso que é o pior. 
- Ah, lembro seu número sim. Talvez eu ligue mesmo, obrigada! Boas festas, eu sei que tu não gosta muito disso mas... (sei uma risadinha pra não acabar a frase dizendo ''mas eu posso estar contigo fazendo tuas festas melhorarem.)
Claro que eu não ia ligar coisíssima nenhuma. Na verdade, nem tenho mais o número. Talvez eu saiba de cor...Ta, ok, não dá pra mentir. Eu sei sim o número dele de cor e salteado, de tras pra frente. Mas o que eu queria mesmo era acabar aquela conversa ali. 
- Ah sim, feliz ano novo! Espero te ver mais vezes ano que vem. Vou passar a virada jogando um play e tomando um trago com os guris, meus pais vão viajar e só sobrou as parcerias na cidade. Te cuida.
Eu não tinha muita ideia do que estava acontecendo ali, logo no lugar onde tudo começou, mas quando completaste a frase, tive certeza que nada tinha mudado. Eram palavras, eram os seus amigos, as suas histórias, a sua bebida, a sua vidinha. Era isso que eu mais odiava em você, o seu egocentrismo e pelo jeito ainda continuo odiando. Vi você entregando a comanda e se aproximando da saída e escutei o menino do caixa dizendo:
- São 37 reais, moça!

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Meu plano é dormir abraçada em um sapo de pelúcia,

já que hoje,ouvi músicas que nem eram tão tristes e chorei. Assisti filmes de comédia romântica e não soltei uma gargalhada, em compensação as lágrimas... Comi leite condensado direito da caixinha, acabei com todas as sobremesas aqui de casa e ganhei alguns muitos quilos a mais. Nada disso adiantou! Por acaso, nenhuma música entendeu o que eu sentia, os quilos a mais não fizeram sentido, o filme não foi o suficiente. 
Disseram que eu tinha de sair para conhecer caras novos, que eu tinha de levantar e seguir minha vida porque você não merecia nenhuma lágrima minha - e as pessoas ainda acham que eu choro por ti! ok, até choro, mas esse choro de hoje, era daqueles que eu não sabia porque estava chorando -. Como se fosse muito fácil simplesmente levantar e sair pra conhecer outros caras, e seguir a vida sem nada a temer. Como se fosse fácil esquecer você num piscar dos olhos, como todos me diziam...mas esquece-lo foi bem mais difícil que isso. As bandas que você me apresentou, tive de parar de ouvi-las; passo bem longe dos lugares que você frequentava comigo e colocar todos os dias uma máscara de maquiagem pra camuflar as minhas angústias. Já tive que me trancar no quarto e chorar quietinha pra ninguém descobrir o quanto você ainda me doía, tive que virar o rosto pra não ve-lo sendo feliz. Não foi rápido, muito menos fácil, porque pra te esquecer eu tive de engolir o gosto amargo do nosso fim mal acabado, muitas vezes. 
Enquanto eu tive a certeza de que era melhor te esquecer, devagarinho, fui me acostumando em não ter mais mensagens de carinho toda a manhã. Sem me dar conta do passo grande que estava dando, eu conheci outras pessoas, outros caras interessantes; fui a lugares novos, li outros livros e comecei a ouvir outros estilos de música. Enquanto eu aprendi a te esquecer, levantei a cabeça e segui a minha vida, sem aquela obrigação de ''ter de'' te esquecer, e deixei você ir morrendo aos poucos, sem muitas faíscas. Entendi, por fim, que eu estava fazendo a mesma coisa que você: estava tentando ser feliz. Não dá pra mentir, doeu demais te esquecer, mas eu aprendi a ser feliz e to gostando pra caramba! Você virou um passado, mas não posso dizer que não representou nada, porque virou um passado com muitas experiências. Com você eu aprendi muito, entre tantas coisas, que eu não tenho que amar os outros mais do que amo a mim. Enquanto eu te esquecia eu aprendi a maior lição que a tua pessoa poderia ter me dado: amor é muito mais do que esperar migalhas! Pode ir, obrigada.

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Quem lê o Blog religiosamente já sabe, mas gosto de me apresentar:

Muito prazer, me chamo Brunna Freitas, 18 anos e sou apaixonada por coisas/pessoas simples e intensas. Tenho incontáveis amigos - 8 entre 10 amigos que convivo são homens - e deles penso que nunca tomarei distância por motivos de ciúmes, suspeitas sem fundamento ou ataque de putisse de namorado nenhum. As mulheres que me cercam, parecem estar no Deserto do Saara e sentem uma sede incontrolável e, adivinha só...água que nada, elas gostam mesmo é de cerveja, de destilados, de tudo que contenha álcool! (risos) Tomara que meu futuro namorado leia isso, porque é exatamente assim: sinto-me confortável ao lado deles -amigos e amigas-, seja num churras bacana regado de muito trago, numa balada onde,graças ao etílico,mostramos nossos dotes de dançarinos, seja sentado numa mesa de boteco tomando um chopp acompanhado de uns aperitivos. Acho necessário de o casal tenha uma vida social conjunta e individual, é importante manter a liberdade de cada um, é imprescindível a confiança reinar em num relacionamento. Mas também é chato, quando ambos entram em um acordo de sair separadamente com seus respectivos amigos e um ou outro passa ligando pra saber com quem esta, aonde esta, que horas volta, o que ta comendo...se for pra ser assim, entremos em um consenso e não saiam, pronto! Eu sei que nem nos conhecemos ainda, futuro namorado, e que talvez nuncas irá ler esse texto ou nunca vá ouvir direito sobre meus hábitos e minha essência, mas queria que soubesses disso agora, desde já. Sou um poço de confusão ambulante, sou fria mas com o coração de manteiga, aprendi a ser arisca de relações e duvidar de todas as cantadas e coisas bonitas que leio/ouço. Existem algumas coisas, que com o tempo de relação é inevitável que se percam com o tempo, mas outras em hipótese alguma conseguirão amputar da minha personalidade, pois nem com o maior receio de perde-lo, nunca vou abrir mão de mim. Sabe por quê? Simplesmente, porque se eu perder minha essência, começaremos uma relação contra o tempo, daquelas que vai regressar os segundos -como uma bomba-relógio- até explodir e eu tira-lo dos meus habitos para reconhecer-me novamente dentro do meu espelho. Aposto o que quiserem, que depois de ler esses trechos acima, conseguirá citar pelo menos dois amigos(as) que começaram a namorar e sumiram de vez. Quem não tem um amigo(a) que se podou assim, que atire a primeira pedra! São pessoas com rostos muito familiares que hoje só são vistas através de redes sociais em um mundinho cor-de-rosa, cujo perfil está esbanjando fotos com descrições do tipo: ''eu e o amor da minha life'', ''te amo pra sempre'', ''eu e o gordo'' ou ''você foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida''. Fique ciente de uma coisa: bons namorados, aqueles que gostam de ti de verdade, não exigirão que você corte da sua vida os amigos e pessoas que te fazem bem, e muito menos deixarão de te amar se você tiver uma vida social -saídas com ele ou não- ativa. Pelo contrário, é um sinal de que a confiança está presente na relação, e que basta que você tenha uma postura firme, correta e segura. Por isso, nunca deixe de fazer, com seus amigos, aquilo que te torna você! 

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

''Toda mulher que se preze já se apaixonou por um babaca.

 A história é quase sempre a mesma, o final também. A gente conhece um cara, ele se mostra doce, maravilhoso e bem resolvido. A gente – encantada – guarda a intuição no fundo da gaveta, veste o melhor decote (e o melhor sorriso) e sai linda, leve e solta para mais um capítulo cheio de frases mal contadas, celular desligado e eventuais sumiços. Verdade seja dita: a gente sente que tem alguma coisa errada, mas acaba fazendo vista grossa. E acha que está sensível demais, exigente demais, desconfiada demais. E deixa rolar. O resultado? O cara te enrola, te pede desculpas. Depois vacila de novo e te enche de presentes. Meninas, estou escrevendo este texto para eu mesma decorar. Imprimir. E nunca mais esquecer. A gente não pode sair por aí perdendo nosso tempo com esses babacas. Chega de desculpar tanto, de tampar o sol com a peneira. Quando um cara REALMENTE está afim de você, ele vai até o inferno por você. Essa verdade ninguém me tira. Não tem trabalho, família, futebol, amigos, crise existencial, nem celular sem bateria que façam com que ele – caso tenha educação e a mínima consideração – não tenha tempo de dizer um simples “oi”. Isso não é pedir muito, concorda? O cara não precisa dar satisfação a toda hora, te ligar várias vezes por dia, isso é chato e acaba com qualquer romance. O que eu quero dizer é que mulher precisa de carinho. Atenção. E uma sacanagem bem-dosada. Se o sujeito vive brincando de esconde-esconde, não responde lindamente suas mensagens, não te chama pra sair com os amigos dele e nem tenta te agarrar quando você diz que está com uma lingerie de matar por debaixo da roupa, minha amiga, o negócio está feio. Muito feio. Confesso que não é tarefa fácil colocar um ponto final de uma hora pra outra nessas histórias. Somos seres românticos, abduzidos pelos finais felizes dos filmes e livros. A gente sempre acha que alguma coisa vai mudar, que ele vai perceber TUDO o que está perdendo e vai aparecer com flores na porta da nossa casa. Mas a realidade é diferente. Não somos a Julia Roberts, não estamos numa comédia romântica e, na vida real, homens são simples e previsíveis. Quando eles querem uma coisa, não há nada – nem ninguém – que os impeça. Portanto, anotem aí: quando um cara está afim de você, ele vai te ligar, ele vai te procurar, ele vai te beijar, ele vai querer estar sempre com as mãos em cima de você. Não sou radical, apenas cansei de dar desculpas pra erros que não são meus. Ou são. Afinal um cara babaca sempre dá pistas de que é babaca. Só não enxerga, quem não quer. ''
 Fernando Mello

domingo, 6 de janeiro de 2013

Introspectiva, tímida.

Mas quando me solto, meu bem, não tem quem me segure! -sim, meus amigos mandam eu ficar quieta e me acalmar por inúmeras vezes no mesmo dia-. Sonhadora, pés no chão. Indecisa, super firme nos argumentos. Destrambelhada, organizada. Cara, eu sou assim! Esse poço de confusão ambulante. Adoro me desligar do mundo, de vez em quando. A verdade, é que faço isso, porque tem dias que não consigo me interessar por nada, nem ninguém. Ai minha mãe acha que sou estranha, que o meu choro escandaloso tem que ter algum motivo...ta,ok, eu devo ser um pouco estranha mesmo. Aprendi a observar e absorver, mas nesses dias de ''mundo da lua'' eu tento confirmar tudo que eu ouvi com um sorrisinho -daqueles bem meia boca mesmo- e com alguns ''aham'', ''é'', ''entendo'', ''hum''. É que nesses dias, não tem santo que me faça pensar, muito menos absorver alguma coisa boa; sabe quando parece que o mundo é tão sem graça quanto chuchu? Pois é, é assim que eu me sinto alguns dias dos 365 que marcam no calendário. Diferentemente dos outros dias, hoje larguei esse meu mundinho e tive que aconselhar uma amiga, que vive num mundo cor-de-rosa depois que encontrou o suposto amor da sua vida. Ela não parava de falar que ele era um cara ótimo pra ela, mas que ela sentia ciumes até da sombra. Juro, se ela tivesse dito que ele era o maior idiota e que não a merecia, juro, que eu tinha concordado e acabado o assunto por ali. ''Ele me pediu pra jogar um futebol só com os amigos, imagine só, SÓ COM OS AMIGOS.'' sim, eu também achei sufocante só de ouvir - no caso de vocês ler- essa baboseira. Ela continuou aquele caos com os olhos nublados ''Se ele me ama realmente como diz, por que jogar só com os guris?''. Na hora eu não pensei em ser delicada, aquela situação fez com que eu soltasse uma gargalhada ironicamente ironica e um ''Cara, acho que teu mundo pink fez com que tu pirasse de vez..Meu interior grita por mim, vou me desligar do mundo agora. A gente se fala!'' e sai andando. Vim pra casa me questionando onde estava minha amiga. Será que essa paixonite aguda vira tanto a cabeça das pessoas assim? Pensativa, confesso, que me assustei. Parece que as pessoas entram em alguns relacionamentos buscando ser gêmeos siameses, sabe? Poxa, tudo bem que eu não to namorando, não sou a pessoa melhor resolvida amorosamente pra falar isso, mas meu, amor é só o pontapé inicial do namoro, o que mantém em pé é a liberdade dosada e a confiança extrema..confiança no parceiro que escolheu, confiança em ti mesma. Nem amizade se mantém sem confiança - pense nisso-! Acredite que você não tem que sair com ele a tiracolo, e se proibi-lo de sair, ele vai dar um jeitinho -como todo bom brasileiro- e sair escondido. '' Prenda muito alguém e ele vai querer ser livre. Deixe livre e ele vai querer se prender.'', minha amiga precisa mesmo aprender isso. E minha mãe ainda me pergunta porque eu gosto de me desligar um pouco e curtir um mundo diferente, de vez sem sempre...